quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Resenha: O Diamante do Tamanho do Ritz e Outros Contos de Francis Scott Fitzgerald



"Fitzgerald era melhor escritor do que todos nós juntos." - John O' Hara


Sinopse:

O Diamante do Tamanho do Ritz traz a história de John T. Unger, nascido na cidadezinha de Hades. Quando vai estudar em Boston, ele entra em contato com a classe alta da Nova Inglaterra, a sua crescente obsessão por status o levará às mais disparatadas desventuras. 

Em Bernice Corta o Cabelo, uma moça do interior passa uma temporada na cidade e faz de tudo para se aproximar da prima, uma jovem popular e sem escrúpulos. 

Em O Palácio de Gelo, Sally Carrol, uma garota sulista debate-se entre o noivado com um ianque e as fidelidades às tradições do Sul. 

Além de figurar entre os mais famosos contos de Fitzgerald, estes textos são exemplares do autor, pela narrativa arrojada e por abordar a vida da juventude rica americana na primeira metade do século XX.


Opinião:

O Diamante do Tamanho do Ritz e Outros Contos, reúne três contos de Francis Scott Fitzgerald, sendo o primeiro conto, o que leva o título do livro escrito em 1922, Bernice Corta o Cabelo também em 1922 e O Palácio de Gelo escrito em 1920. Esta edição brasileira foi publicada em 2006 pela editora L&PM, contendo 134 páginas.

O autor demonstra nestes contos o glamour da classe alta da época e também seu lado cruel e fútil, ao mesmo tempo que pessoas de uma condição financeira inferior fazem o possível para agradar os ricos para ter uma chance de fazer parte do meio social da classe alta.

Os contos fluem bem, e os temas abordados são interessantes, mas confesso que não me prenderam muito, com exceção de O Diamante do Tamanho do Ritz, por possuir uma história bem diferente e com um desfecho surpreendente. 


Minha nota: 8

domingo, 22 de novembro de 2015

Resenha: A Guerra da Rainha Vermelha - Prince of Fools de Mark Lawrence - volume 1



Sinopse:

"Sou mentiroso, trapaceiro e covarde, mas nunca, nunquinha, vou deixar um amigo na mão. A não ser, é claro, que para isso seja preciso sinceridade, jogar limpo ou coragem."

Assim se apresenta Jalan Kendeth, o neto da Rainha Vermelha e décimo na linha de sucessão ao trono. Um verdadeiro hedonista sem pretensões políticas, que se vê obrigado a abandonar sua boa vida após sofrer uma tentativa de assassinato. Para escapar, precisa se aliar a um perigoso guerreiro.


Opinião:

Prince of Fools, escrito por Mark Lawrence, é o primeiro volume da trilogia A Guerra da Rainha Vermelha, publicado originalmente em 2014, e lançado por aqui neste mês de novembro pela editora DarkSide, com o total de 411 páginas.

Contendo o mesmo universo da Trilogia dos Espinhos, o autor Mark Lawrence nos apresenta um protagonista, o príncipe Jalan Kendeth, bem diferente do implacável Jorg Ancrath, pois Jalan é covarde e trapaceiro, e sendo assim ele se mete em várias confusões hilárias, dando assim muito mais humor nesta série do que na anterior. Humor este presente na narrativa em primeira pessoa, dando ao leitor a visão pelo irreverente Jalan, e os diálogos também possui um refinado humor que me proporcionou muitas risadas.

Em se tratando da história apresentada, que tem como foco central a mitologia nórdica, até que achei boa, mas ao meu ver a história da Trilogia dos Espinhos é superior a esta.

No geral, levando em consideração suas diferenças, Prince of Fools é tão boa quanto a trilogia antecessora, mas acredito eu que A Guerra da Rainha Vermelha irá agradar um número maior de leitores, em razão de não apresentar a violência extremista da Trilogia dos Espinhos, e mesmo o cenário continuando sombrio, ele é mais leve, e o protagonista é bem mais carismático que Jorg.

A conclusão da obra é satisfatória, e ao terminar a leitura ficou um gancho muito bom para o próximo volume, que possivelmente será melhor que este início da série.

Aos fãs da Trilogia dos Espinhos, e que gostam de uma narrativa e diálogos bem humorados e apreciam a mitologia nórdica, Prince of Fools é altamente recomendado.


Minha nota:9

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Resenha: Histórias de Arrepiar de Robert Westall



Sinopse:


Casa Vazia: Ele nunca tinha matado uma aula. Um dia foge da escola e descobre uma casa vazia. Abre a porta e entra, mergulhando no desconhecido.

Dia da Caça: Era um caçador cruel, um verdadeiro predador. Mas de repente a coisa mudou: chegou o dia da caça. 

Linha Cruzada com a Morte: Na noite de Natal, "Os Samaritanos" recebem chamadas de vozes solitárias e desesperadas. Mas desta vez, quando o telefone tocou, era uma ligação direta com a morte.

Warren, Sharon e Darren: Um casal está tentando construir uma boa vida juntos, mas o problema é que o rapaz não gosta muito de trabalhar e de repente se torna muito responsável e trabalhador. O mais interessante é o porque e como de o rapaz ter mudado.

Tio Otto: Um conto estranho em que em um parque animais e estátuas aparecem do nada e depois disso tudo fica ainda mais sinistro.

O Relógio da Casa Vermelha: Diz sobre quando na infância o narrador trabalhava com um amigo de seu pai que fazia leilões de objetos variados. A história fica mesmo interessante quando o menino se depara com um impressionante relógio quebrado. 

Assim são as histórias de Robert Westall, um dos mais populares autores ingleses do século passado, premiado duas vezes com a "Carnegie Medal".


Opinião:

Histórias de Arrepiar foi escrito por Robert Westall em 1989, e publicado por aqui em 1991 pela editora Paulicéia com o total de 135 páginas.

Não tem como se aprofundar muito no conteúdo dos seis contos na sinopse, pois por serem todos curtos revelaria mais do que os leitores gostariam, prejudicando assim o proveito da leitura.

O autor escreve bem, e as histórias são criativas e bem desenvolvidas, permeando sempre um suspense misterioso que deveria prender o leitor durante toda a leitura, porém, não prendeu minha atenção tanto quanto eu gostaria, em razão das histórias, bem diferentes por sinal, não terem me agradado muito. Questão de gosto mesmo. 

O meus contos preferidos foram Linha Cruzada com a Morte e Warren, Sharon e Darren, devido as histórias terem me agradado mais. 

Histórias de Arrepiar é recomendado aos que apreciam obras de suspense e mistério com toques de terror, e que por ser curto e não tomar muito tempo dos leitores, vale a pena arriscar.


Minha nota: 8

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Resenha: O Conquistador - Os Senhores do Arco de Conn Iggulden - volume 2



"Tem-se a impressão de estar diante de um grande filme... Leia antes de Hollywood levá-lo às telas." - Daily Express


Sinopse:

Temugin dos lobos se tornou Gêngis Khan, um homem que deve unir as tribos divididas pela guerra no Oriente. Seu objetivo é criar uma nova nação das planícies e montanhas ermas da Mongólia. Um nascimento sangrento que deixará de joelhos um continente. 

Durante milhares de anos seu povo foi mantido isolado pelo império jin, uma terra de enorme riqueza e numerosos exércitos. Seus guerreiros têm apenas o arco, o cavalo e a disciplina férrea, nascida de uma terra de gelo, fome e morte. Muralhas de pedra se erguem acima dos cavaleiros mongóis, e Gêngis  deve derrotar o antigo inimigo ou ver seu povo ser disperso e seus sonhos despedaçados.

Além de conhecer o inimigo ancestral, ele deve reconciliar os grupos descontentes com seus generais, mediar entre seus irmãos ambiciosos e lidar com as próprias emoções ao ver os filhos crescendo. O jovem guerreiro se tornou um comandante militar vitorioso: agora deve elevar seu povo à grandeza.


Opinião:

Os Senhores do Arco, de autoria de Conn Iggulden, é o segundo volume da série O Conquistador, publicado originalmente em 2008 e foi lançado por aqui  pela editora Record.

As qualidades de Os Senhores do Arco são muitas, mas a maior a meu ver, assim como o primeiro livro da série, é o quanto a obra é envolvente. A história de Gengis é fantástica, e nas obras de Conn Iggulden podemos ter uma ideia próxima dos feitos deste conquistador que em Os Senhores do Arco continua tão impiedoso para com seus inimigos, mas que para com seus comandados sempre tenta ser o mais justo possível. 

Em muitos momentos da obra temos a visão de personagens secundários, evidenciando a importância deles na trama, tornando assim o livro ainda mais impressionante. As batalhas são muito bem descritas, possuindo várias cenas impactantes. 

O relacionamento de Gengis com seu povo e principalmente com sua família é muito interessante de se acompanhar, sendo que para o próximo volume provavelmente seus filhos terão maior ênfase, me deixando muito curioso para ver a evolução deles. 

Os momentos finais finais da obra é diferente do que eu imaginava, e foi muito bom ter sido surpreendido. 

Por enquanto o livro anterior, O Lobo das Planícies, é o meu preferido da saga desta Gengis Khan, por eu ter achado ainda mais marcante que este, questão de gosto mesmo, pois são do mesmo altíssimo nível.

A série O Conquistador é uma leitura obrigatória aos fãs de ficção histórica. E que venha o terceiro volume da série, Os Ossos das Colinas, que provavelmente será tão bom quanto os livros anteriores. Nota máxima para Os Senhores do Arco.


Minha nota: 10

sábado, 14 de novembro de 2015

Resenha: O Inimigo Secreto de Agatha Christie



"Trama original. Um dos livros que impulsionou a carreira de Agatha Christie, apresentando o casal de detetives Tommy e Tuppence." - Times Literary Supplement


Sinopse:

Cansados da rotina, dois jovens decidem fundar uma empresa nada convencional, especializada em investigações, a Jovens Aventureiros Ltda. O primeiro caso era um desafio que intrigava a Scotland Yard: o desaparecimento da americana Jane Finn, levando com ela documentos secretos que poderiam comprometer o governo inglês. Mas Thomas Beresford e Prudence Cowley - ou simplesmente Tommy e Tuppence - não são os únicos interessados em descobrir o paradeiro desses papéis. A mesma busca é empreendida por um homem misterioso e perigoso, conhecido como Sr. Brown, um mestre na arte do disfarce, que pode aparecer do nada e desaparecer em seguida sem deixar qualquer rastro.


Opinião:

O Inimigo Secreto é a primeira aventura dos detetives Tommy e Tuppence, de autoria de Agatha Christie, lançado originalmente em 1922. Esta edição da BestBolso possui o total de 319 páginas.


Eis mais uma obra da Rainha do Crime que flui rapidamente, sendo possível ler em um final de semana tranquilamente. Vale destacar que para a época em que O Inimigo Secreto foi lançado, quase cem anos atrás, a maneira da autora escrever era diferenciada, pois sua habilidade de nos contar suas histórias de uma maneira rápida e direta sem parecer uma trama rasa é de se elogiar. 

Novamente Agatha leva o leitor a duvidar sobre a identidade do vilão, nos induzindo a mudar de opinião várias vezes, e mesmo nesta obra sendo poucas as alternativas, digo que mais uma vez errei a identidade do inimigo secreto. 

Os ousados protagonistas Tommy e Tuppence apresentados nesta obra possuem um carisma que conquista o leitor, mas por enquanto ainda prefiro ver Poirot por para funcionar suas células cinzentas.

Mais uma vez, mesmo se tratando de uma boa história, ao meu ver algumas atitudes dos personagens não me convenceram, sendo isto o único ponto negativo do livro.

Enfim, O Inimigo Secreto é no mínimo uma boa obra, pois a maioria das resenhas que andei lendo possuem opiniões muito positivas. Tenho muitos outros livros da autora na estante, e ao olhar para eles tenho a esperança de ao menos um eu gostar tanto quanto do espetacular E Não Sobrou Nenhum.

Para os fãs da autora é uma leitura altamente recomendada, e para os que ainda não conhecem seus trabalhos, O Inimigo Secreto é uma boa opção.


Minha nota: 8

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Resenha: Crônicas Saxônicas - O Último Reino de Bernard Cornwell - volume 1



Contém spoilers na sinopse.


Sinopse:

Uhtred nasceu na aristocracia do reino da Nortúmbria. Órfão aos 10 anos, o menino é capturado pelos dinamarqueses, que lhe ensinam o modo de vida viking. Só que o destino de Uhtred está inevitavelmente ligado a Alfredo, rei de Wessex, governante do único reino inglês a não se dobrar perante a fúria dos guerreiros do norte.

A luta ferrenha entre ingleses e dinamarqueses e o embate entre cristianismo e paganismo compõem o cenário desta obra de Bernard Cornwell. Aos 11 anos, Uhtred está em dúvida quanto à sua lealdade, mas uma matança em uma fria manhã de inverno o leva ou o mantém para o lado dos ...


Opinião:


O Último Reino, do autor Bernard Cornwell, é o primeiro volume da série Crônicas Saxônicas, lançado originalmente em 2004, e por aqui é uma publicação da editora Record, com o total de 362 páginas.  

Este é o primeiro livro do Bernard Cornwell que leio, e segundo do gênero ficção histórica, e digo desde já que as minhas altas expectativas foram totalmente correspondidas. 

O autor conseguiu prender a minha atenção na leitura da primeira a última página, em razão da história impressionante, a narrativa não ser nada cansativa, os diálogos são memoráveis, e ainda tem o bônus de que tenho muito interesse pela cultura nórdica. Muitos personagens e fatos ocorridos realmente existiram, tornando assim a obra ainda mais impressionante.


Se não bastasse as qualidades mencionadas, o melhor mesmo da obra ao meu ver foram as batalhas, pois o realismo é tão grande que podemos nos imaginar em batalha juntamente com a parede de escudos. 

De ponto negativo confesso que não consegui encontrar nenhum, somente que talvez para alguns leitores poderá incomodar a violência sanguinária das batalhas, que para mim isto é algo positivo, pois é retratado pelo autor o mais próximo possível da realidade da época. 

O Último Reino é uma leitura obrigatória aos fãs do gênero, e aos que nunca leram livros de ficção histórica mas gostam do tema abordado e não se importam com confrontos sangrentos, também é altamente recomendado.


Minha nota: 10

domingo, 8 de novembro de 2015

Resenha: Hombre de Elmore Leonard



Sinopse:

Ao tomar parte em uma diligência com mais seis viajantes, John Russell talvez não imaginasse que aquela poderia ser sua última jornada. Ele teria de provar, definitivamente, a bravura e a sabedoria que só os anos vividos entre os apaches poderiam lhe conceder.


Opinião:

Hombre, escrito por Elmore Leonard originalmente em 1.961, foi publicado por aqui pela editora Rocco, contendo 174 páginas.

O gênero Western, conhecido por muitos por "bang-bang ou faroeste", é uma novidade para mim em se tratando de livros.

Hombre é uma leitura simples, e que possui uma escrita de fácil entendimento que flui rapidamente. 

Os diálogos são curtos e precisos, sendo eles o melhor do livro ao meu ver, pois transmitem um realismo imenso, com frases impactantes e condizentes para com os personagens. 

A narrativa de Elmore Leonard não se atém a muitas descrições, contribuindo assim para a fluidez da história.

O personagem destaque não poderia ser outro a não ser o implacável John Russelum homem de poucas palavras e com jeito calmo e calculista até quando está passando por situações perigosas.

De ponto negativo talvez seja que poderia ser um livro maior, contendo assim uma história mais complexa, pois terminada a leitura ficou aquele desejo de "quero mais".

Juntamente com os diálogos, os momentos finais é o melhor do livro, pois é onde vemos realmente o quanto John Russel é habilidoso com uma arma de fogo em mãos.

Hombre é uma leitura recomendada aos fãs do gênero Westen, e ao leitores, que assim como eu, estão iniciando no gênero. Fiquei muito interessado em livros de faroeste, e com certeza lerei mais livros do autor.


Minha nota: 9

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Resenha: Perdido em Marte de Andy Weir



"Não consegui largar este livro ! É a rara combinação de uma ótima trama original, personagens incrivelmente reais e uma precisão técnica fascinante. É como um episódio de MacGyver na Ilha misteriosa." - Astronauta Chris Hadfield, comandante da Estação Espacial Internacional


Sinopse:

Há seis dias, o astronauta Mark Watney se tornou a décima sétima pessoa a pisar em Marte. E, provavelmente, será a primeira a morrer no planeta vermelho.

Depois de uma forte tempestade de areia, a missão Ares 3 é abortada e a tripulação vai embora, certa de que Mark morreu em um terrível acidente.

Ao despertar, ele se vê completamente sozinho, ferido e sem ter como avisar às pessoas na Terra que está vivo. E, mesmo que conseguisse se comunicar, seus mantimentos terminariam anos antes da chegada de um possível resgate.

Ainda assim, Mark não está disposto a desistir. Munido de nada além de curiosidade e de suas habilidades de engenheiro e botânico - e um senso de humor inabalável -, ele embarca numa luta obstinada pela sobrevivência. 

Para isso, será o primeiro homem a plantar batatas em Marte e, usando uma genial mistura de cálculos e fita adesiva, vai elaborar um plano para entrar em contato com a Nasa e, quem sabe, sair vivo de lá.


Opinião:

Perdido em Marte, primeiro livro escrito por Andy Weir, foi lançado originalmente em 2011, e publicado por aqui pela editora Arqueiro, contendo 336 páginas.

E foi com uma altíssima expectativa que iniciei a leitura de Perdido em Marte, pois todas as resenhas que li em vários blogs foram somente elogios.

A maneira que a história foi contada, grande parte em forma de diário, tinha tudo para ser um livro massante e cansativo, pois o autor explicou passo a passo os ajustes e consertos realizados pelo protagonista Mark Watney. Mas é aí que entra as habilidades de escrita de Andy Weir, que com uma linguagem simples e um humor sarcástico excelente contido tanto nos diálogos quanto no diário do protagonista, já fazem desta obra uma leitura acima da média. Mesmo se tratando de uma condição aterrorizante em que o protagonista se encontrava, o autor conseguiu incutir muito humor de uma maneira convincente dentro do contexto. Simplesmente genial !


Este livro se encontra entre os que eu mais estava ansioso/curioso pelos momentos finais, que ao chegar lá, mesmo eu imaginando uma conclusão diferente, foi muito satisfatória.

Perdido em Marte só não ganha nota máxima porque mesmo não sendo maçante as muitas páginas de que possui o passo a passo dos afazeres do protagonista em Marte, acho que poderia ser menos detalhada estas passagens, mas para muitos fãs de ficção científica provavelmente isto não irá incomodar. Leitura recomendada !


Minha nota: 9

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Resenha: Revival de Stephen King



"A ideia para este livro está na minha cabeça desde que eu era criança. Frankenstein, de Mary Shelley, foi uma grande inspiração para mim. Eu queria criar uma história o mais humana possível, porque a melhor maneira de assustar o leitor é fazê-lo gostar dos personagens." - Stephen King em entrevista para a revista Rolling Stone

"Ler Revival é ver um grande contador de histórias se divertindo ao máximo. Todos os elementos favoritos de King estão presentes: uma cidade pequena no Maine, o sobrenatural, o mal, o vício e o poder de se transformar uma vida." - The New York Times

"Um livro que fala sobre o que acontece quando somos traídos por nossa fé. E se o único sentido do universo for sua crueldade ? E se só existir tormento do outro lado da vida? Revival nos diz que, quando se passa pelo inferno, todo cumplicidade e esperança é vã." - Los Angeles Times


Sinopse:

Em uma cidadezinha na Nova Inglaterra, mais de meio século atrás, uma sombra recai sobre um menino que brinca com seus soldadinhos de plástico no quintal. Jamie Morton olha para o alto e vê a figura impressionante do novo reverendo. Charles Jacobs, junto com a bela esposa e o filho, chegam para reacender a fé no local. Homens e meninos, mulheres e garotas, todos ficam encantados pela família perfeita e os sermões contagiantes.

Jamie e o reverendo passam a compartilhar um elo ainda mais forte, baseado em uma obsessão secreta.

Décadas depois, Jamie carrega os próprios demônios. Integrante de uma banda que vive na estrada, ele leva uma vida nômade no mais puro estilo sexo, drogas e rock and roll, fugindo da própria tragédia familiar. Com trinta e poucos anos, viciado em heroína, perdido, desesperado, Jamie reencontra o antigo reverendo. O elo que os unia se transforma em um pacto que assustaria até o diabo, com sérias consequências para os dois, e Jamie percebe que "reviver" pode adquirir vários significados.


Opinião:

Revival, do autor Stephen King, foi publicado originalmente em 2014, e é um lançamento da editora SUMA de letras deste mês de outubro, contendo 373 páginas.

Mais uma vez King nos presenteou com uma obra contendo personagens críveis, convincentes e cativantes, uma narrativa de alto nível, e diálogos deliciosos de se ler, resultando assim em uma obra que li em apenas três dias, pois eu queria sempre saber o que iria acontecer nas páginas seguintes. Se eu pudesse teria lido ainda mais rapidamente.

Por volta de quase metade do livro que temos indícios de algo sobrenatural, e por isso, ao menos para mim, o livro melhora ainda mais. Aconselho aos leitores a lerem as últimas trinta páginas aterrorizantes de uma vez só, porque nelas se encontram um dos melhores momentos finais de um livro do King que já li até hoje de quase vinte livros devorados. 

Outro conselho ao leitores: Para um melhor aproveitamento da obra, leiam antes de Revival alguns trabalhos de H.P. Lovecraft, mais especificamente os mitos de Cthulhu.

Depois de muitos livros lidos do autor, mesmo com todas qualidades que ele possui, o que mais gosto em suas obras é o grande sentimento nostálgico proporcionado. Quem leu IT A Coisa sabe do que estou falando.

Revival é altamente recomendado ao fãs do gênero. Nota máxima !


Minha nota: 10