domingo, 26 de abril de 2015

Resenha: O Mochileiro das Galáxias - O Guia do Mochileiro das Galáxias de Douglas Adams - livro 1


Sinopse:
 Este é o primeiro título da famosa série escrita por Douglas Adams, que conta as aventuras espaciais do inglês Arthur Dent e de seu amigo Ford Prefect. A dupla escapa da destruição da Terra pegando carona numa nave alienígena, graças aos conhecimentos de Prefect, um E.T. que vivia disfarçado de ator desempregado enquanto fazia pesquisa de campo para a nova edição do Guia do Mochileiro das Galáxias, o melhor guia de viagens interplanetário.

Opinião:
  Faz muito tempo que eu estava adiando a leitura deste primeiro volume desta série de Douglas Adams, e após a leitura digo que é um livro que não agradará a todos, pois no geral a obra é meio sem noção, mas acredito eu que o objetivo do autor foi justamente criar uma história divertida, que possui um humor sarcástico e irônico, e nisso Adams acertou em cheio. 
 O universo criado pelo autor é muito interessante, e mais interessante ainda são as explicações malucas que o autor apresenta pra muita coisa, como por exemplo durante as aventuras de Arthur, ele chega a descobrir o motivo da criação da Terra. 
  O autor de livros de terror Clive Barker é muito conhecido por sua imaginação sem limites, e no gênero da ficção científica pode-se dizer o mesmo de Douglas Adams, tamanha é sua criatividade.
  O Guia do Mochileiro das Galáxias é uma leitura leve, bem escrita, que contém personagens hilários e que traz ao leitor momentos divertidos com um humor único. Com certeza pretendo continuar a leitura desta séria maluca. Recomendo para adolescentes e adultos fãs de histórias de ficção científica bem humorada. 

Minha nota: 9
  

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Resenha: Assassinato no Campo de Golfe de Agatha Christie


"Poirot é o melhor detetive de todos os tempos." -  The New York Times

"Agatha Christie está acima de críticas." - New Statesman and Nation

Sinopse:
  Uma carta de um desconhecido, com um pedido e socorro, leva o detetive belga Hercule Poirot e seu ajudante Hastings à França, em busca de respostas para uma série de perguntas. Qual seria a relação entre os dois assassinatos cometidos em um intervalo de mais de 20 anos ? Qual a ligação entre a mulher de um misterioso milionário e sua amante ? Qual a conexão entre um fio de cabelo, uma espátula ensanguentada, um cano de chumbo e um campo de golfe ? Após desvendar o misterioso caso de Styles, Poirot embarca nesta segunda aventura repleta de suspense, lindas jovens e amores frustados, e ainda precisa enfrentar seu melhor amigo apaixonado pela mulher que pode ser uma perigosa assassina.

Opinião:
  Assassinato no Campo de Golfe é a segunda aparição do investigador belga Hercule Poirot, da tão consagrada rainha/dama do crime, como é conhecida Agatha Christie.
  A trama da obra é bem construída, possuindo várias reviravoltas plausíveis, ficando difícil para o leitor identificar o culpado (os) entre vários suspeitos. A história é narrada por Hastings, sendo muito interessante a visão que ele tem de Poirot. 
  Me incomodou um pouco algumas atitudes de alguns personagens não serem muito convincente e também o romance contido na história não gostei, na verdade não gostei do romance incutido em nenhum dos livros da autora que li até agora, digamos que acho muito "meloso", mas há quem goste e respeito.
 Além do detetive belga e seu amigo Hastings, há alguns outros personagens interessantes, como a misteriosa "Cinderela"; e o detetive Giraud, que se torna uma espécie de rival de Poirot.
   Esta obra não se encontra entre os preferidos dos fãs da autora, porém é um bom livro para quem gosta do gênero investigação/suspense policial, sendo uma leitura leve, rápida e fluída. 
  A conclusão do livro é satisfatória, pois tudo se encaixa no final com algumas surpresas. 

Minha nota: 8


segunda-feira, 20 de abril de 2015

Resenha: Mistborn: Nascidos da Bruma - O Império Final de Brandon Sanderson - livro 1


"Mistborn apresenta um sistema de magia muito bem pensado. Ainda, tem uma gama de personagens críveis, um mundo plausível, um sistema político intrigante e, embora Mistborn: O Império Final seja o primeiro livro de uma série, tem um desfecho muito satisfatório. Altamente recomendável para quem está voraz por uma leitura" - Robin Hobb, autora da Saga do Assassino.

Sinopse:
  Há milhares de anos, as cinzas caiam e nenhuma flor florescia. Há milhares de anos, skaa, os plebeus, eram escravizados, relegados a viver na miséria e com medo. Há milhares de anos, o Senhor Soberano reinava com poder absoluto e aterrorizante, um ser divino invencível. É nesse momento, quando a esperança estava perdida há tanto tempo que nem mesmo era lembrada, que um meio-skaa traumatizado e desiludido a reencontra nas profundezas da prisão mais infernal do Senhor Soberano. Kelsier teve o estalo e encontrou em si os poderes de um Nascido da Bruma. Ladrão brilhante e líder natural, ele concentra seus talentos em um plano ambicioso cujo alvo principal é o Senhor Soberano. Vin, assim como Kel é uma órfã meio skaa, porém teve uma vida muito mais dura, o que a ensinou a esperar a traição de todos a quem conheceu, sem nunca estar enganada.

Opinião:
  O Império Final é o primeiro livro de uma trilogia de fantasia muito bem conceituada de Brandon Sanderson, e logo de início aconselho a quem iniciar a leitura não desanimar, pois no início da história somos jogados em um mundo fantástico ao qual não conhecemos e ficamos meio perdidos, mas conforme o passar da narrativa vamos compreendendo melhor a história e o sistema único de magia do autor, que é muito criativa e complexa. A magia é chamada de Alomancia, que permite ao usuário puxar e empurrar metais, melhorar a visão, audição e outras mais habilidades. 
  Sanderson escreve de uma maneira rápida e  uma linguagem de fácil entendimento, sendo que a narrativa flui rapidamente, diferentemente de muitos livros do gênero. Além da magia criada que é um ponto forte do livro, a política implantada é muito interessante, e as diferentes "criaturas", muitas vezes misteriosas, foram o que fizeram eu me interessar mais ainda em querer devorar o livro e ler as continuações da saga. Falando em "criaturas", achei muito interessante os Inquisidores, que já foram humanos um dia e tiveram uma espécie de transformação que os tornou alomânticos fortíssimos e ainda são aparentemente impossíveis de matar.
 Os personagens são críveis e marcantes, com destaque para o inteligente e bem humorado  Kelsier, que é muito carismático e possui um dom de liderança inquestionável; e  a adolescente Vin, uma personagem forte e muito corajosa. 
  O Império Final possui muitas cenas de ação, uma sociedade muito bem construída,  e uma história que conclui muito bem. É um livro obrigatório a todo fã de fantasia, que por enquanto é o melhor do gênero que li na vida. Altamente recomendado. 

Minha nota: 10 - Favoritado


sábado, 18 de abril de 2015

Resenha: Escuridão Total Sem Estrelas de Stephen King


"Contos que fazem mais do que jus à qualidade literária desse autor prolífico. Instigantes ? Sim. Brutais ? Nem queira saber." - The New York Times

"Reviravoltas sombrias guiam os quatro contos, que mostram como um talentoso contador de histórias pode fazer um livro inquietante e impossível de largar." - Publishers Weekly

"King oferece quatro olhares que vão direto ao ponto, mostrando os limites da ganância, da vingança e do auto engano." - Booklist  

Sinopse:
  Na ausência da luz, o mundo assume formas sombrias, distorcidas, tenebrosas. Os crimes parecem inevitáveis; as punições, insuportáveis; as cumplicidades, misteriosas. Os personagens destes quatro contos passam por momentos de escuridão total, quando não existe nada - bom senso, piedade, justiça ou estrelas - para guiá-los. Suas histórias representam o modo como lidamos com o mundo e como o mundo lida conosco. São narrativas fortes e, cada uma a seu modo, profundamente chocantes. 

Opinião:

1922
  O agricultor Wilfred e o filho, Hank, precisam decidir do que é mais fácil abrir mão: das terras da família ou da esposa e mãe. 
  King conseguiu transmitir para o leitor com maestria como era a vida no campo na década de vinte. Os personagens como sempre são muito críveis, e a maneira como o menino Hank é afetado em decorrência da decisão tomada por ele e seu pai é muito interessante de se acompanhar. A narrativa tem como foco o quanto a ganância pode cegar e transformar uma pessoa. De todos os contos este foi o que apresenta a melhor conclusão, e a mais surpreendente e macabra.

Gigante do Volante
  Tess, uma escritora que viaja somente de carro, é chamada de última hora para realizar uma palestra na cidade de Chicopee, que fica a menos de 100 quilômetros de onde reside. O convite foi enviado por Ramona Norville, bibliotecária-chefe da Biblioteca Pública de Chicopee. Após terminar a palestra, Ramona aconselha Tess a pegar um atalho para a viagem de volta e, após furar um pneu no caminho, é aí que os problemas da escritora começam.
  Este conto apresenta as páginas mais tensas que li do autor até hoje, mais até do que Misery, tendo como foco a vingança. Em relação aos personagens, destaque para a corajosa e inteligente escritora e o cruel vilão. Fiquei surpreso com o rumo que tomou a narrativa, vindo a concluir muito bem. 

Extensão Justa:
  Dave Streeter tem um câncer terminal e faz um pacto com um estranho vendedor que se encontrava nas margens da estrada. Mas será que para salvar a própria vida vale a pena destruir a de outra pessoa ?
  Esta é o melhor conto do livro, pena que possui apenas pouco mais de trinta páginas. A história é muito criativa e tem como foco a maldade humana. O "estranho vendedor é muito misterioso e macabro", fiquei muito curioso para saber mais sobre ele. Por conter poucas páginas, a história flui muito rapidamente e conclui excelentemente. Possui o segundo melhor final dos contos apresentados. 

Um Bom Casamento
  Uma caixa na garagem pode dizer mais a Darcy Anderson sobre seu marido do que os vinte e sete anos que eles passaram juntos. 
  O autor foi brilhante ao explorar na história que não conhecemos totalmente as pessoas que nos cercam, por mais que pareça o contrário. Os diálogos entre Darcy e seu marido Bob são magníficos e muitas vezes de uma alta tensão. Mais uma vez o desfecho foi muito satisfatório.

  Escuridão Total Sem Estrelas, não tomou o posto de melhor coletânea de contos do King, que pra mim continua sendo Sombras da Noite, mas com certeza são as histórias mais tensas, macabras e críveis que li. Os personagens malvados que contém a mente deturpada e  cruel que o autor criou são memoráveis. Diferentemente dos livros sangrentos de Clive Barker, esta obra possui bem menos derramamento de sangue, porém por conter pessoas normais, que em um momento estão se divertindo com a família e em outro estão assassinando crianças brutalmente, o impacto psicológico que o leitor recebe é imenso. O título Escuridão Total Sem Estrelas não poderia combinar melhor. Com certeza recomendado para quem aprecia história intensas, com personagens profundos e altamente marcantes como somente Stephen King poderia criar.

Minha nota: 9
  

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Resenha: A Dança da Morte de Stephen King


Sinopse:
  Aclamado pela crítica e pelo público, o romance é considerado uma das melhores  obras de Stephen King. 
  Após um erro de computador no Departamento de Defesa, um milhão de contatos casuais formam uma cadeia de morte: é assim que o mundo acaba. O que surge é um árido lugar, privado de suas instituições e esvaziado de 99% de sua população. Um lugar onde sobreviventes em pânico escolhem seus lados - ou são escolhidos por eles. Onde os bons se apoiam nos ombros frágeis de Mãe Abigail, com seus 108 anos de idade, e os piores pesadelos do mal estão incorporados em um indivíduo de poderes indivisíveis: Randall Flagg, o homem escuro. King criou uma história épica sobre o fim da civilização e a eterna batalha entre o bem e o mal. 
  
Opinião:
  Primeiramente aconselho aos leitores que não leram nenhum livro do King que não comecem por este, pois por apresentar quase mil e trezentas páginas pode assustar muita gente.
  A Dança da Morte possui, como muitos livros do autor, uma incrível profundidade e variedade de personagens, e uma trama pós apocalíptica muito plausível. Me chamou muito a atenção (positivamente) a maneira como o King descreveu as cidades sucumbindo perante o caos que o vírus provocou, com saqueamentos, assassinatos, o governo tentando controlar a sociedade seja pela força ou pela imprensa, foi tudo muito magnífico. As pessoas que aparentemente são imunes ao vírus presenciarem sua família e amigos morrendo e não poderem fazer nada para ajudar é bem impactante. Após restar pouquíssimos sobreviventes, a história se encaminha para os personagens escolherem entre fazer parte do grupo do bem ou do mal, para assim começar a batalha.
  Temos muitos personagens nesta obra de grande relevância para a história, sendo os que eu mais gostei foi o Nick, um surdo mudo muito carismático e inteligente; Tom, que possui um retardo mental e um coração enorme; O Homem da Lata de Lixo, com sua loucura hilária; e o vilão Raldall Flagg, que possui uma manipulação formidável perante as pessoas que quer manter ao seu lado, e uma crueldade imensa. 
  O final de A Dança da Morte não foi o que eu esperava, mas mesmo assim foi muito bom. Altamente recomendado este clássico da literatura contemporânea, que está entre os melhores livros que li na vida.

Minha nota: 10 - Favoritado 


quarta-feira, 15 de abril de 2015

Resenha: Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley


Sinopse:
  Ano 634 D.F. (depois de Ford). O Estado científico totalitário zela por todos. Nascidos de proveta, os seres humanos (precondicionados) têm comportamentos (preestabelecidos) e ocupam lugares (predeterminados) na sociedade - os alfa no topo da pirâmide, os ípsilons na base. A droga soma é universalmente distribuída em doses convenientes para os usuários. Família, monogamia, privacidade e pensamento criativo constituem crime. Os conceitos de 'pai' e 'mãe' são meramente históricos. Relacionamentos emocionais intensos ou prolongados são proibidos e considerados anormais. A promiscuidade é moralmente obrigatória e a higiene, um valor supremo. Não existe paixão nem religião. Mas Bernard Marx tem uma infelicidade doentia - acalentando um desejo não natural por solidão, não vendo mais graça nos prazeres infinitos da promiscuidade compulsória, Bernard quer se libertar. Uma visita a um dos poucos remanescentes da Reserva Selvagem, onde a vida antiga, imperfeita, subsiste, pode ser um caminho para curá-lo. 
  
Opinião:
  Foi com muito receio que li Admirável Mundo, pois foi a primeira distopia clássica que li. Mas confesso que a leitura foi uma surpresa muito boa. O livro foi escrito em 1937, e quase oitenta anos depois não é um enredo nada ultrapassado. Fico imaginando o quanto a obra foi impactante na época do lançamento.
  A escrita de Aldous Huxley é muito fluída, não sendo maçante em momento algum. Me interessei tanto pela trama futurística que se eu pudesse eu chegaria ao final do livro em um dia só.
  Em relação aos personagens, temos Bernard Marx, que não está nada satisfeito e feliz com este "admirável mundo novo" e não pretende ficar de braços cruzados. Há ainda John, que faz parte de uma espécie de reserva indígena chamada Malpaís, onde os "selvagens" são pessoas isoladas da sociedade, que procriam ao estilo natural e ainda possuem outros costumes parecidos com o nosso. Tudo fica ainda mais interessante quando as duas sociedades se colidem.
  Admirável Mundo Novo  me fez refletir os prós e os contras da sociedade apresentada, e no geral digo que eu não gostaria de viver nela, mesmo se fosse integrante do topo da pirâmide. 
  A conclusão da história foi satisfatória, e confesso que após ler Admirável Mundo Novo, me interessei por outros livro do gênero que antes não notava. 

Minha nota: 9
  

sábado, 11 de abril de 2015

Resenha: A Loira de Concreto de Michael Connelly - livo 3

Sinopse:
  A trama começa quando o policial Harry Bosch mata o homem que ele acredita ser o sádico serial killer conhecido como Dollmaker - Fabricante de Bonecas -. Acusado pela morte do assassino, sua situação se agrava com os indícios de que o serial killer está vivo e fez mais uma vítima. Começa aí a frenética corrida de Bosch para desvendar os crimes e ser absolvido pelo júri, enquanto tenta responder à questão que tanto o atormenta: teria matado o homem errado ?

Opinião:
  Principalmente depois que li o espetacular O Poeta de Connelly, gostei tanto de seus livros que adquiri todas suas obras publicadas por aqui.
  A Loira de Concreto é o terceiro da série protagonizada pelo detetive Harry Bosch, e o primeiro pulicado em terras brasileiras. Espero que um dia tragam os dois primeiros, pois assim conheceríamos melhor o passado do protagonista, além é claro de que quanto mais livros bons as editoras traduzirem melhor. 
  O livro não possui quase nada de cenas de ação no decorrer da narrativa, nem explosões e perseguições alucinantes. Em decorrer disso, muitos leitores não gostariam do livro, porém, a escrita e os diálogos excelentes dos demais livros que li do autor estão presentes neste, as cenas de tribunal beiram a perfeição, e a história alcançou um patamar de realismo muito grande, que no geral, não fica devendo nada para outras obras mais famosas do autor. 
 Em relação aos personagens, além do protagonista Harry Bosch, destaque para a advogada criminal Chandler, uma mulher forte e muito inteligente que não da moleza para Bosch no tribunal.
  As últimas setenta páginas, que temos a descoberta da identidade do serial killer e uma conclusão muito boa, o ritmo da narrativa cresce e o livro fica ainda melhor.
  A Loira de Concreto não agradará a todos, mas para os leitores acostumados com os livros mais "pés no chão" de Connelly provavelmente irão gostar. 

Minha nota: 10
  

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Resenha: Trilogia dos Espinhos - The King of Thorns de Mark Lawrence - livro 2


"Este é meu livro favorito desta excelente trilogia, pois tudo joga contra o nosso anti-herói Jorg. As apostas são altas e as reviravoltas, perfeitas. Depois de assassinar seu ***** e garantir um pequeno reino nas montanhas, o jovem Jorg agora encara um inimigo carismático e poderoso - o Príncipe de Arrow -, que parece destinado a reunir o Império Destruído. A ação salta entre o presente e o passado, e nos mostra como Jorg viajou pelo império e conseguiu reunir recursos e forças para enfrentar uma batalha aparentemente impossível de ser vencida. Acompanhamos também a história pelo ponto de vista de Katherine, a mulher que Jorg deseja mais do que ninguém, e que ele está destinado a não conquistar jamais. Apesar de Jorg continuar a ser o mais maquiavélico dos protagonistas, sem hesitação para matar, mutilar ou destruir, caso isso o ajude a acalçar, seus objetivos, passamos a compreendê-lo melhor neste livro, e é impossível não torcer por ele. Ele consegue renovar e dar uma reviravolta brutal, explodindo com todas as armadilhas românticas da grande fantasia - lealdade, honra, o bem contra o mal e a fé em uma causa maior". Rick Riordan

Opinião:
  A história se passa quatro anos após o eventos de Prince of Thorns, e alterna entre quatro anos antes, para sabermos o que se passa depois do fim do primeiro livro. A escrita do autor continua muito boa, e achei a narrativa menos corrida do que a do livro anterior, e tive a impressão de Jorg  pensar melhor na hora de tomar algumas decisões, digamos menos impulsivo, demonstrando ter amadurecido. 
  Com exceção de conter a visão de Katherine em algumas passagens, o autor continua sem se aprofundar nos demais personagens. Seria bem interessante sabermos mais sobre os companheiros de Jorg e do Príncipe Arrow.
  A conclusão foi muito boa, mas ainda prefiro o livro anterior, questão de gosto mesmo, pois a alta qualidade continua a mesma, e estou ansioso para ler o último livro da trilogia, Emperor of Thorns, e também os demais livros ainda não publicados em terras brasileiras que se passam no mesmo universo da Trilogia dos Espinhos, mas focando em outros personagens. Espero que publiquem logo por aqui. 
  Com certeza recomendo esta ótima dark fantasy. 

Minha nota: 9


Resenha: Tríptico de Karin Slaughter - livro 1


Sinopse:
  Um assassino cruel e frio está aterrorizando Atlanta. Atacando jovens, ricos ou pobres, nos subúrbios chiques ou nos conjuntos habitacionais, ele parece não ter nenhuma fronteira.
  Os detetives que investigam o caso talvez precisem não ter barreiras também para encontrá-lo. Entre ele está o veterano detetive Michael Ormewood - cujo casamento está por um fio e cuja arrogância está ameaçando sua carreira - e Angie Polaski, uma linda policial de narcóticos que, foi amante de Michael antes de se tornar sua maior inimiga. Para a surpresa de ambos a chave para resolver o caso pode estar nas mãos de um ex-condenado, que se depara com o rastro do assassino.

Opinião:
  Faz tempo que eu estava querendo ler Tríptico, o primeiro livro de uma série, pois todas as resenhas que lia o colocava entre os melhores do gênero. Confesso que não achei isso tudo, mas o livro é ao menos muito bom. A escrita da autora Karin Slaughter é ótima, a história é convincente e os personagens são críveis, mas me incomodou a identidade do assassino ser óbvia, e quando eu imaginava que iria ter alguma reviravolta espetacular, um final surpreendente, não teve nada disso, porém, a conclusão foi satisfatória. 
  Em relação aos personagens, além dos policiais Michael e Angie citados na sinopse, destaque para Will Trent, agente da GBI (Georgia Bureau Investigation), que é bom policial, dedicado e esperto, porém apresenta dificuldade na leitura por ser disléxico. Há também o personagem mais interessante da trama em minha opinião: John Shelley, que se encontra em liberdade condicional depois de cumprir 22 anos de prisão, pois foi condenado por estuprar e matar uma jovem moça. Achei muito interessante a dificuldade que John encontra para se socializar depois de tantos anos preso. 
  O potencial da autora é enorme, e digo que pretendo ler Fissura, o segundo volume desta série, e os demais livros publicados por aqui, pois possivelmente serão melhores que Tríptico. Mesmo com os pontos negativos que mencionei, ainda assim achei Tríptico um ótimo livro.

Minha nota: 9


terça-feira, 7 de abril de 2015

Resenha: Ciclo das Trevas - O Protegido de Peter V Brett - livro 1


"A fantasia épica mais significativa e cinematográfica desde O Senhor dos Anéis. Inspiradora, obrigatória e totalmente viciante !" - Paul W. S. Anderson - criador e diretor da série Resident Evil

Sinopse:
  Ao cair da noite, eles surgem por todos os lados, famintos por carne humana, demônios de areia, de vento e até de pedra, conhecido como terraítas. Depois de séculos, a humanidade definhou e se tornou refém da escuridão. Arlen, Leesha e Roger, jovens sobreviventes, atrevem-se a lutar e encarar as trevas. O jovem Arlen recebe os ensinamentos de um mensageiro e descobre que o medo, mais que os demônios, é o mal a ser combatido. Leesha tem a vida destruída por uma simples mentira e se torna ajudante de uma velha e misteriosa ervanária. E o destino de Roger muda para sempre quando um menestrel chega à sua vila com uma rabeca. Juntos, eles podem oferecer ao mundo uma última, e fugaz, chance de sobrevivência. 

Opinião:
  O Protegido é o primeiro livro da série Ciclo das Trevas, e é a nova aposta da editora DarkSide Books neste início do ano. 
  O autor criou um mundo magnífico, onde lidar com o medo achei ser o foco da história, pois os demônios da noite, famintos por carne humana, são tão temidos que os únicos que se atrevem a lutar contra eles são os krasianos, e ainda assim sem muito sucesso. Os demônios terraítas foram muito bem desenvolvidos, pois apresentam habilidades diferentes e força proporcional ao tamanho de cada um. Todos os humanos morreriam se não fosse as "proteções" utilizadas, uma espécie de campo de força para os terraítas não transpassarem.  
  Os três protagonistas, Arlen, Leesha e Roger, passam por momentos difíceis desde muito novos, tendo que lidar com perdas de entes queridos e pessoas que os fazem mal. É interessante como eles amadurecem e se tornam mais fortes com o passar da narrativa, pois tudo indica que está nas mãos deles salvar o mundo dos terraítas. 
  Com uma conclusão satisfatória, O Protegido é o início de uma saga promissora, pois provavelmente os próximos volumes serão ainda melhores que este. Estou ansioso para o lançamento do segundo volume. Com certeza indico este ótimo livro para os fãs de fantasia.

Minha nota: 9

domingo, 5 de abril de 2015

Listas: Os Melhores Livros de Ficção Científica de 2014

  Ano passado li poucos livros de ficção científica, mas este ano pretendo ler um pouco mais. Segue a lista dos melhores livros de ficção científica de 2014, em minha opinião, por ordem decrescente de preferência.

5º - A Volta ao Mundo em 80 Dias de Júlio Verne
  A Volta ao Mundo em 80 Dias talvez não se encaixe nesta lista, mas como gostei mais deste livro do que Viagem ao Centro da Terra e Vinte Mil Léguas Submarinas do mesmo autor, optei por colocá-lo.
  Phileas Fogg faz uma aposta com uns amigos dizendo que conseguiria dar a volta ao mundo em somente oitenta dias, e aí começa a aventura. 
  Publicado em 1873, este clássico da literatura é uma obra curta que flui rapidamente e de tão divertida nem vemos chegar ao fim. Achei muito interessante a visão que obtemos dos países visitados na trama, como o medo de índios nos Estados Unidos por exemplo. 

4º - Iluminadas de Lauren Beukes
  Um homem adquire a habilidade de  viajar no tempo e começa a assassinar mulheres, e com essa maneira de agir se torna muito difícil ser pego.
  Com uma premissa interessante dessas, Iluminadas foi pra mim um livro empolgante que eu não queria parar de ler enquanto não terminasse a leitura, pois achei a história muito boa e o ritmo acelerado da trama me agradou muito. Somente achei que o final ficou umas pontas soltas sem explicação que me incomodou um pouco.

3º -  Revivente de Ken Grimwood
  E se você vivesse sua vida mais uma vez ? E mais uma ? E mais uma...
 A premissa de Revivente está entra as melhores que vi na vida. O protagonista Jeff Winston ter a oportunidade de viver sua vida novamente e ter a chance de mudar suas decisões achei espetacular. Quando o livro estava chegando ao fim, eu não imaginava como poderia ser concluído, mas digo que o final foi excelente. Pena que o autor faleceu antes de concluir a continuação. 

2º -  A Zona Morta de Stephen King
 John Smith sofre um acidente automobilístico e fica em coma por quase cinco anos. Quando ele acorda, percebe que ao tocar em alguma pessoa, passa a saber seu passado e ver seu futuro. 
  Uma história intensa, comovente, com personagens críveis que somente King poderia criar, e ainda com um final muito bem concluído, A Zona Morta é um dos livros que mais tenho vontade de reler. 

1º -  Novembro de 63 de Stephen King
  Um professor de inglês, Jake Epping, volta ao passado para tentar deter o assassino de John Kennedy, mas seu objetivo não vai ser tão fácil de se concretizar, e aí começa uma viagem aterrorizante.
  Engraçado que quando foi lançado este livro por aqui eu não me interessei, mas conforme fui lendo as resenhas da obra nos blogs acabei me interessando. Acho que já perceberam que gosto muito do tema sobre viagens no tempo, e esta foi a mais plausível e intensa que li até agora. Destaque para os personagens, que dentre todos os livros do King que tive o prazer de ler até agora, este é o que mais gostei dos personagens de tão críveis que são. Gostei muito também do encontro nostálgico com alguns personagens de It: A Coisa.
  Enfim, após um final brilhante e emocionante, Novembro de 63 não é apenas o melhor livro deste gênero que li ano passado, e sim a melhor obra que li na vida até hoje. 


sábado, 4 de abril de 2015

Resenha: Doutor Sono de Stephen King


"A criatividade de King não falha: Doutor Sono tem tudo para ser sua melhor obra." - The New York Times

"Uma obra prima, provavelmente o melhor romance sobrenatural do século." -  The Guardian

"Uma leitura intensa e emocionante, que nos dá uma ótima conclusão para a história de Danny Torrance." - Publishers Weekly

Sinopse:
  Certa vez, quando criança, Danny Torrance quase foi engolfado pelos espíritos malignos do Hotel Overlook por causa de seus poderes especiais de Iluminado. Agora, anos depois, Danny, ou melhor, Dan, já está crescido e usando seus poderes para o bem, ao ajudar os moribundos de um hospital a atravessar para a pós-vida em paz. Entretanto, uma antiga raça de seres que sugam a energia psíquica das pessoas iluminadas está a solta e em busca de novas vítimas para poderem se alimentar.

Opinião:
  Diferentemente de O Iluminado, este livro possui menos terror e mais suspense, e digo desde já que gostei mais de Doutor Sono por um diferencial. Os vilões. A tribo do Verdadeiro Nó, como se autodenominam, são fantásticos. São vampiros psíquicos que viajam pelo país com seus enormes trailers a procura de crianças iluminadas para alimentar de seu "vapor', que exalam na hora da morte e que quanto mais causam sofrimento às vítimas, se tornam mais saborosas. O interessante é que os integrantes da tribo possuem habilidades próprias e ainda são bem organizados e discretos, com uma espécie de hierarquia. A líder é a temível Rose, A Cartola, que lidera o grupo há caça de Abra Stone, uma iluminada que é a mais poderosa já vista, que forneceria muito "alimento" por um longo tempo. Abra precisa de ajuda, e é aí que entra o carismático Dan para fazer o possível para a menina não cair nas mãos do Verdadeiro Nó.
  Dan Torrance luta contra o mesmo vício que seu pai, a bebida. É interessante ver como ele amadurece e se esforça para se libertar do vício, mas acho que não era necessário frisar quase a todo momento seu problema com a bebida no primeiro terço do livro.
  Enfim, a história conclui muito bem, e com certeza faz jus a fama que vem recebendo de uma das melhores obras de terror/suspense deste novo século. Nota máxima para Doutor Sono.

Minha nota: 10
    

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Resenha: O Canto das Sereias de Val McDermid - livro 1


Sinopse:
  Inspirado pelo acervo de um museu dedicado a aparelhos de tortura, o Assassino de Bonecas - como é conhecido por abandonar suas "obras de arte" em locais de público gay - parece ter descoberto a grande vocação de sua vida. E suas mortes são planejadas com tamanha frieza e impiedade que não deixam nenhum rastro para trás. Por causa de ausência de pistas, o psicólogo Tony Hill é convocado para ajudar na investigação. Com a ajuda da detetive Carol Jordan, sua missão é entrar na mente do criminoso e estabelecer um perfil que possibilite desvendar sua identidade. No entanto, mesmo para um profissional experiente como ele, a série de mutilações sexuais seguidas de assassinato é diferente de tudo que já viu antes. 

Opinião:
  O Canto das Sereias da escocesa Val McDermid superou minhas expectativas. Uma história macabra e perturbadora, com uma narrativa convincente, e ainda contendo cenas de tortura  medieval descritas detalhadamente que chocam o leitor mais acostumado a passagens fortes. 
 Os protagonistas Tony Hill e Carol Jordan são marcantes e carismáticos, e as habilidades de ambos se completam.em suas funções para tentarem capturar o Assassino de Bonecas. Destaque para o misterioso Tony, que trabalhou anos em hospitais psiquiátricos e possui uma inteligência fora do comum.
 O diferencial desta obra é que possui capítulos contendo a visão do assassino, sendo ele o narrador, explanando os motivos de suas atitudes, a escolha das vítimas e como ele as captura, e ainda passo a passo seus atos de violência, sendo as partes mais impactantes do livro;  simplesmente fenomenal.
  Fiquei surpreso quanto a identidade do serial killer, que com certeza entra para o time dos assassinos mais brutais. Em relação a conclusão, achei muito boa e com certeza indico este excelente livro. Nota máxima para O Canto das Sereias. 

Minha nota: 10
  

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Listas: Os Melhores Livros de Suspense Policial de 2014

  Segue a lista dos melhores livros de suspense policial de 2014, em minha opinião, por ordem decrescente de preferência.

10º - Headhunters de Jo Nesbo
  Roger Brown caça talentos para empresas conceituadas do país. Como ele reagiria sendo a caça ? 
  Este é aquele livro viciante que não queremos parar de ler, pois possui muita ação e a escrita flui muito bem, e ainda com um desfecho satisfatório.

9º - Anjos da Neve de James Thompson
  Em uma pequena cidade do extremo norte da Filnlândia, uma jovem somali é encontrada morta e mutilada. O Inspetor Kari Vaara pretende descobrir quem é o assassino. 
  Anjos da Neve possui cenas chocantes e críveis, e ainda uma escrita direta e de fácil entendimento.


8º - Um Dinheiro Nada Fácil de Janet Evanovich
 Stephanie Plum, caçadora de recompensas, munida de um revólver, spray de pimenta e salto alto, está pronta para perseguir Joe Morelli, ex policial acusado de assassinato.
  Este é o primeiro desta série. Um livro policial com muito humor e uma boa história, contendo ainda um ótimo final.


7º - Objetos Cortantes de Gillian Flynn
  Camille Preaker, repórter de um jornal, é mandada pelo editor-chefe para sua cidade natal para cobrir o caso de uma menina assassinada e outra misteriosamente desaparecida.
  Objetos Cortantes é ainda mais chocante e brutal que o livro anterior da lista. Foi um dos livros que me senti mais desconfortável com a leitura até hoje, e ainda com um desfecho surpreendente.


6º - O Poder e a Lei de Michael Connelly
  Mickey Haller, advogado criminal, é escolhido para defender um jovem playboy de Beverly Hills, detido por uma tentativa de estupro e agressão contra a prostituta Regina Campo, acreditando ser o negócio mais rentável de sua carreira. 
  Achei que seria um livro massante, por ser um thriller jurídico, mas confesso que estava enganado. Michael Connelly escreve muito bem, com diálogos inteligentes, e a história possui reviravoltas que gostei muito, concluindo muito bem.


5º - Não Conte a Ninguém de Harlan Coben
 David Beck e sua esposa Elizabeth comemoram o aniversário de seu primeiro beijo quando uma tragédia interrompe o clima de romance. Elizabeth é brutalmente assassinada.
  Não Conte a Ninguém possui ação o tempo todo e o leitor é surpreendido várias vezes, com um desfecho muito bom. Somente não está uma posição acima na lista porque achei algumas cenas forçadas.


4º - O Espantalho de Michael Connelly
  Dez anos depois dos acontecimentos de O Poeta, Jack McEvoy é demitido do jornal onde trabalha, e resolve pegar uma última reportagem, para sair em grande estilo. O tema escolhido: Alonzo Winslow, um pequeno traficante de 16 anos, encarcerado após confessar o estupro e o assassinato de uma mulher. Porém, vem a tona que Alonzo confessou um crime que não cometeu, e o assassino ainda está solto.
  O começo do livro é um pouco lento, mas quando a narrativa pega ritmo temos o melhor do autor. Diálogos muito bem construídos, o serial killer que é muito criativo na maneira de agir, cenas de ação convincentes e um final excelente.


  3º - O Poeta de Michael Connelly
 Jack McEvoy, repórter policial, está sempre à espera do próximo crime brutal. Um assassino deixa poemas de Edgar Allan Poe ao lado das vítimas. E um triste episódio está para aproximar o repórter do criminoso. 
  O Poeta possui todas a qualidades de O Espantalho, mas a diferença, para melhor, é que a narrativa engrena logo de início, a história achei mais interessante e fiquei bem surpreso com a identidade do assassino. Destaque para os diálogos memoráveis do autor.

2º - E Não Sobrou Nenhum de Agatha Christie
  Dez pessoas diferentes recebem um mesmo convite para passar um final de semana na remota Ilha do Soldado. Na primeira noite, após o jantar, elas ouvem uma voz acusando cada uma de um crime oculto cometido no passado. Mortes inexplicáveis e inescapáveis então se sucedem. E a cada convidado eliminado, também desaparece um dos soldadinhos que enfeitam a mesa de jantar. 
  Uma história de uma criatividade imensa, com uma escrita direta não contendo palavras desnecessárias, e ainda um desfecho excelente. Por ser um livro curto, tive vontade de ler em um único dia, de tão curioso e empolgado que eu estava para chegar ao final da história.


1º - O Aliciador de Donato Carrisi
 Seis braços direitos de meninas entre 9 e 13 anos são desenterrados em um bosque. Cinco das crianças identificadas haviam desaparecido na última semana. Conforme os cadáveres emergem, as esperanças de que a sexta menina esteja viva provocam uma corrida contra o tempo. O assassino parece estar sempre um passo à frente.
  O italiano Donato Carrisi construiu uma trama complexa, que exige maior atenção do leitor para não perder nenhum detalhe importante. A história é chocante, brutal, macabra, e de uma criatividade imensa que fiquei de boca aberta pelo modus operandi do vilão. O final é uma revelação atrás da outra, simplesmente sensacional. 
  O Aliciador é o melhor livro policial que alguma vez li, e uma obra prima em minha opinião.