terça-feira, 29 de setembro de 2015

Resenha: Galilee de Clive Barker


"Galilee salta no tempo e no espaço para revelar uma visão impressionante e majestosa narrada em altíssimo nível. Em resumo: uma fantástica e envolvente batalha entre os mundos." - People Magazine

"Um escritor poderoso e fascinante com uma imaginação fantástica... Um magnífico contador de histórias." - J.G. Ballard


Sinopse:

Os Geary não são nenhuma exceção. Tão rica quanto os Rockfeller e tão glamourosa quanto os Kennedy, a dinastia Geary tem exercido uma influência sutil sobre a vida americana desde a Guerra da Secessão, ocultando de forma brilhante os profundos laços de corrupção e a severa hostilidade contra os etéreos Barbarossa. Mas tudo está prestes a mudar. Quando o príncipe pródigo do clã Barbarossa se apaixona pela recém casada Rachel Geary, o ódio reprimido entre as famílias emerge numa intensidade mutuamente destrutiva. 


Opinião:

Clive Barker criou uma história única, detalhista e complexa, e ainda narrada de forma brilhante. Em se tratando do gênero terror/suspense, sem exagero algum, o autor atingiu um nível de escrita tão alto ao escrever Galilee, que somente alguns dos livros do Stephen King que li e Os Mortos Vivos de Peter Straub, que ao meu ver são tão bem escritos.

A obra possui elementos de fantasia urbana, terror e suspense, e como não poderia faltar em um livro de Barker, várias passagens eróticas perturbadoras.

A princípio o foco da trama são as intrigas que se alastram por mais de um século entre a família Geary e Barbarossa, mas conforme a história vai se desenvolvendo, torna-se em primeiro plano o romance singular entre os personagens mais interessantes do livro, Galilee e Rachel.

O que há de melhor na obra são as últimas dezenas de páginas, pois temos vários segredos revelados de ambas as famílias, concluindo assim com um final satisfatório.

Galilee se trata de um ótimo livro que somente a mente deturpada de Clive Barker poderia criar. Aconselho aos leitores que não conhecem ainda os trabalhos do autor que não iniciem por Galilee, e sim por Livros de Sangue, por serem bem menos complexos e possuírem uma menor profundidade narrativa. 


Minha nota: 9

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Resenha: Golem e o Gênio de Helene Wecker


"Um passeio místico e profundamente original pelas calçadas de Nova York." - Booklist


Sinopse:

O premiado romance de estréia de Helene Wecker é uma viagem fascinante através das culturas árabe e judaica e reúne mitologia popular, ficção histórica e fábula mágica, com uma narrativa inventiva e inesquecível, escrita de maneira primorosa. 

Chava é uma golem, criatura feita de barro, trazida à vida por um estranho rabino envolvido com os estudos alquímicos da Cabala. 

Ahmad é um gênio, ser feito de fogo, nascido no deserto sírio, preso em uma antiga garrafa de cobre por um beduíno, séculos atrás. 

Atraídos pelo destino à parte mais pobre de uma Manhattan construída por imigrantes na virada do século XX, os dois se tornam improváveis companheiros de alma, desafiando suas naturezas opostas. Até a noite em que um terrível incidente os espera.


Opinião:

Golem e o Gênio foi lançado em nossas terras em julho deste ano pela editora DarkSide Books.

A ambientação se passa no final do século XIX, e é uma fábula moderna com elementos de fantasia e ficção histórica. O foco do enredo é a convivência com a sociedade da época, de um Gênio que se encontrava aprisionado a muitos séculos e uma Golem recém criada. A narrativa é intercalada entre a visão dos dois protagonistas, sendo que a autora Helene Wecker escreve de uma maneira muito crível, tendo como resultado uma obra convincente.


Em relação aos personagens, os mais interessantes são os protagonistas, principalmente o gênio, por ter me deixado muito curioso sobre seu passado.

De ponto negativo ao meu ver foi que até a última centena de páginas não houve muitas cenas de ação e momentos surpreendentes, sendo assim fiquei entediado, e quando houve uma guinada na trama eu já me encontrava desinteressado. 

Mesmo com o ponto negativo citado acima, Golem e o Gênio não me cativou o suficiente para uma releitura, mas mesmo assim se trata de no mínimo um bom livro.


Minha nota: 8

sábado, 19 de setembro de 2015

Resenha: Millennium - A Garota na Teia de Aranha de David Lagercrantz - volume 4


Sinopse: 

Uma muralha virtual impenetrável: é assim que se pode definir a rede da NSA, a temida agência de segurança americana. Quando a mensagem "Você foi invadido" piscou na tela de Ed Needham, responsável pelos computadores que guardam alguns dos maiores segredos do mundo, ele custou a acreditar. A tentativa de localizar o criminoso também não trazia frutos, as pistas não levavam a lugar nenhum, cada indício terminava num beco sem saída. Que hacker seria capaz de algo assim ?

Para o leitor que acompanha a série Millennium, criada por Stieg Larsson, só há uma resposta possível: a genial e atormentada justiceira Lisbeth Salander está de volta. Mas por que Lisbeth, uma hacker fria e calculista que nunca dá um passo sem pesar as consequências, teria cometido um crime gravíssimo e ainda provocado de forma quase infantil um dos maiores especialistas em segurança dos Estados Unidos ? Depois de finalmente se livrar da polícia sueca e de todas as acusações que pesavam sobre si, que motivo ela teria para se atirar em outro lamaceiro político ?

É o que se pergunta Mikael Blomkvist, principal repórter da explosiva revista Millennium, além de amigo e eventual amante de Lisbeth. Mas Blomkvist precisa lidar com seus próprios demônios: afundada numa crise sem precedentes, a revista foi comprada por um grupo que pretende modernizá-la. Nada mais repulsivo ao jornalista que prefere apurar e pesquisar suas histórias a ceder às demandas e ao ruído das redes sociais. Ainda assim, há tempos o repórter não emplaca um de seus furos, e por isso não hesita em sair no meio da madrugada para atender a um chamado que promete ser a grande história de sua carreira. 

Presos a uma teia de aranha mortífera. Lisbeth e Blomkvist terão mais uma vez que unir forças, agora contra uma perigosa conspiração internacional.


Opinião:

A Garota na Teia de Aranha é o quarto volume da série Millennium, e devido a morte de Stieg Larsson, foi escrito por David Lagercrantz, sendo publicado por aqui pela editora Companhia Das Letras.

Primeiramente já adianto um ponto positivo da obra, que é possuir apenas 465 páginas; e digo "apenas" porque este é o menor livro da série, sendo que o maior é o livro anterior, que possui quase 700 páginas, que ao meu ver é muita coisa para uma obra de suspense policial, sendo assim muito maçante e cansativo para o leitor. Já li dois livros do Stephen King de mais de mil páginas, A Dança da Morte e It A Coisa, e que por sinal são obras primas em minha opinião, e ainda, além de ser outro gênero literário, a habilidade de escrita do King é extraordinária. Talvez se Michael Connelly escrevesse um livro de suspense policial de 700 páginas não seria maçante e cansativo.

O autor utilizou como um dos focos do enredo elementos do passado da fantástica Lisbeth, proporcionando assim um sentimento de nostalgia que chega até o leitor. O livro possui várias cenas de ação, que até são convincentes em sua maioria. A impressão que tive é que Lagercrantz se esforçou ao máximo para criar uma continuação da tão afamada série Millennium no mesmo estilo dos livros anteriores, tendo como resultado uma obra do mesmo nível das outras, com exceção do primeiro livro da série, que ao meu ver é o melhor.


O final deixou a desejar, sendo deixado mais uma vez margem para continuações, sendo que andei lendo por aí que Lagercrantz pretende escrever ao menos mais um livro deste universo protagonizado por Lisbeth Salander.


Minha nota: 9

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Resenha: Millennium - A Rainha do Castelo de Ar de Stieg Larsson - volume 3


Pode conter spoilers

Sinopse:

     Mikael Blomkvist está furioso. Furioso com o serviço secreto sueco, que, para proteger um assassino, internou Lisbeth Salander - na época com apenas doze anos - num hospital psiquiátrico e depois deu um jeito de declará-la incapaz. Furioso com a polícia que agora quer indiciar Lisbeth por uma série de crimes que ela não cometeu. Furioso com a imprensa, que se compraz em pintar a moça como psicopata e lésbica satânica. Furioso com a promotoria pública, que pretende pedir que ela seja internada de novo, desta vez - ao que parece - para sempre.
      Enquanto Lisbeth recupera-se, num hospital, de ferimentos que quase lhe tiraram a vida. Mikael procura conduzir uma investigação paralela que prove a inocência de sua amiga. Mas a jovem não fica parada, e muito mais do que uma chance para defender-se, ela quer uma oportunidade para dar o troco. Com a ajuda de Mikael, Lisbeth está muito perto de desmantelar um plano sórdido que durante anos se articulou nos subterrâneos do Estado sueco, um complô em cujo centro está o pai dela, um perigoso espião russo que ela já tentou matar. Duas vezes.

Opinião:


      A Rainha do Castelo de Ar, do autor Stieg Larsson, é o terceiro volume da série Millennium, publicado em terras brasileiras pela editora Companhia Das Letras.

      Novamente temos um livro detalhista, bem escrito, e que prende o leitor do início ao fim. Desta vez o autor criou um calhamaço de quase setecentas páginas, tendo como resultado o maior livro da série. No início da leitura temos uma continuação direta do livro anterior, A Menina Que Brincava Com Fogo; e de repente a história foi tomando um rumo que eu não imaginava, tendo como resultado um enredo tão crível que ao meu ver não achei nada surpreendente, comum, digamos assim. 

      O personagem de maior destaque mais uma vez é Lisbeth Salander, que mesmo estando aparentemente impossibilitada na maior parte do livro de utilizar de sua imensa habilidade de hacker, ela ainda da um jeito e mostra ao leitor que é ainda mais habilidosa do que aparentava ser.


      Chegando aos momentos finais do livro, há boas cenas de ação, porém, o final achei muito apático. Ao meu ver, A Rainha do Castelo de Ar está no mesmo nível do livro anterior, e apesar das críticas, se trata de uma ótima obra, que indico para os fãs do gênero. Em breve postarei aqui no blog a resenha da conclusão definitiva da série, A Garota na Teia de Aranha, escrita por David Lagercrantz, em decorrência da morte do escritor Stieg Larsson.

Minha nota: 9

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Resenha: Trilogia dos Espinhos - Emperor of Thorns de Mark Lawrence - volume 3


" Mark Lawrence é a melhor coisa que aconteceu à fantasia nos últimos anos." - Peter V. Brett

Sinopse:

    "O mundo está dividido e o tempo se esgotou, deixando-nos presos aos dias finais. Estes são os dias que nos esperaram por todas as nossas vidas. Estes são os meus dias. Vou estar diante da Centena e eles vão ouvir. Vou tomar o trono, não importa que está contra mim, se vivo ou morto. E se eu devo ser o último imperador, farei disso um final e tanto."
     
Resenha:

     Emperor of Thorns é a conclusão da Trilogia dos Espinhos, publicada em terras brasileiras pela editora DarksideBooks.

     Este terceiro e último livro da saga de Jorg Ancrath apresenta o mesmo molde dos livros anteriores, a escrita em primeira pessoa e a alternância dos acontecimentos no presente e passado.

    Mesmo se tratando de um livro muito bom, acredito que o autor Mark Lawrece, poderia ter apresentado um desenvolvimento maior para o protagonista Jorg, tendo em vista que é notório seu amadurecimento em relação aos livros anteriores. 

     O livro todo é muito bem escrito, porém o autor poderia ter criado uma conclusão mais arrebatadora, digamos assim, para a série. O melhor da obra ficou mesmo para o final, que ao mesmo tempo que me surpreendeu, acredito ter sido uma conclusão ideal para a saga. 

     O meu livro preferido da saga é Prince of Thorns, que é onde conhecemos Jorg. O motivo deste primeiro livro ser meu favorito, é que fui surpreendido por um protagonista cruel e impiedoso, que não pensa duas vezes em eliminar seu inimigos, e muitas vezes bastava Jorg simplesmente ser contrariado que começava o derramamento de sangue.

    Emperor of Thorns poderia ter sido melhor, mas mesmo assim se trata de um ótimo livro, que merece ser lido pelos fãs da série para terem conhecimento do fim desta singular trilogia.

Minha nota: 9