terça-feira, 28 de julho de 2015

Resenha: Revelações de Riyria - Roubo de Espadas de Michael J. Sullivan - volume 1


"Fugas arrepiantes, duelos grandiosos e amizade verdadeira em uma aventura a moda antiga." - Publishers Weekly

Snopse: 

    Elan vive uma era de instabilidade. O melhor cenário para ladrões obterem bons negócios. E nos reinos não há mercenários mais habilidosos que Royce Melborn e Hadrian Blackwater, conhecidos como Riyria, os únicos que ousam agir livremente, sem se afiliar a nenhuma guilda. 
    Após mais um trabalho bem-sucedido, a dupla é contratada para realizar um novo serviço, ousado e urgente: furtar uma famosa espada do Castelo de Essendon, a morada do rei. Comparado a tudo que já fizeram, essa missão parece simples. Entretanto, quando se veem em meio a uma intrincada conspiração política que envolve a situação é diferente. Não terão de lutar apenas para cumprir um simples contrato, mas para salvar as próprias vidas, enquanto desvendam um misterioso assassinato e enfrentam o Gilarabrywn - uma poderosa criatura mágica.
     Agora, o futuro de todos está nas mãos de dois ladrões, que, por sorte, são bastante competentes no que fazem. É o início de um épico repleto de traição e aventura, espada e magia, mitos e lendas.

Opinião:

     Roubo de Espadas do autor Michael J. Sullivan, publicado em terras brasileiras pela editora Record, é o primeiro volume da trilogia Revelações de Riyria, que originalmente possui seis volumes, e aqui no Brasil a editora resolveu unir dois livros em um só. 

     O autor criou um mundo muito interessante, que contém magos, anões e até elfos, e que mesmo em muitos momentos ser uma série mais do mesmo, ela possui suas características próprias bem definidas.

     Comentando primeiramente sobre a primeira parte do livro, A Conspiração Pela Coroa, ao iniciar a leitura a escrita de Sullivan já me chamou a atenção positivamente por sua fluidez e simplicidade ao escrever, resultando em uma leitura rápida, leve, e de fácil entendimento, que não exige muito do leitor.

     Os personagens que possuem maior destaque são a dupla de protagonistas Hadrian Blackwater e Royce Melborn, que são ótimos no que fazem e muito respeitados por onde passam. O Príncipe Alric e o monge Myron também possuem bons momentos, principalmente este último, que proporciona ao leitor vários momentos engraçados.

       A história desta primeira parte do livro é muito interessante, e logo de cara notei uma certa semelhança com a excelente série Nobres Vigaristas, por causa dos protagonistas e seus "trabalhos" realizados. As cenas de batalhas e os diálogos são bem construídos, e a conclusão de A Conspiração Pela Coroa é muito satisfatória.

     Foi com uma alta expectativa que iniciei a leitura da segunda parte da obra, Avempartha, e confesso que fiquei decepcionado. Começando pela história que não gostei nem um pouco, as cenas de batalhas não foram bem construídas, e até os diálogos achei  que não funcionaram. Além dos interessantes protagonistas, os personagens secundários e o tal monstro deixaram e muito a desejar. Nos momentos finais do livro houve algumas surpresas reveladas interessantes. Estou curioso em relação ao passado dos protagonistas, principalmente no de Royce.  

       Estou na torcida para que os próximos volumes voltem a ser tão bons quanto a primeira parte da obra, que mostrou que o autor Michael Sullivan tem talento de sobra.

          Eu já ia me esquecendo de comentar que o nome Riyria, é como são conhecidos por onde passam os parceiros Adrian e Royce.

Minha nota: 8


sexta-feira, 24 de julho de 2015

Resenha: Joyland de Stephen King


"Uma das histórias mais bem escritas de King... Profunda, divertida, cheia de reviravoltas, despretensiosa e, por fim, arrasadoramente triste." - Entertainment Weekly

"Intenso e cativante... A narrativa promissora e a montanha-russa emocional na vida de um jovem rapaz fazem de Joyland um prêmio que vale todas as suas fichas." - Usa Today

"Emocionante, imensamente atraente...O verdadeiro apelo de Joyland vem da habilidade de King de criar vínculos diretos e viscerais com seus personagens. É esse laço emocional que marca a diferença entre livros de mero entretenimento e livros que nos tocam de maneira mais profunda. King tem escrito com aparente facilidade e constância impressionante histórias essenciais por mais de quarenta anos. Em Joyland, ele repete o feito mais uma vez." - The Washington Post

"Com uma pegada pulp proposital, Joyland é, em última análise, uma história contundente, o que faz deste um dos trabalhos mais pessoais e comovente de King." - Time Out London

"Um livro imperdível para os fãs de King." - Library Journal

Sinopse:

    Carolina do Norte, 1973. O universitário Devin Jones começa um trabalho temporário no parque Joyland, esperando esquecer a namorada que partiu seu coração. Mas é outra garota que acaba mudando seu mundo para sempre: a vítima de um serial killer. 
   Linda Gray foi morta no parque há anos, e diz a lenda que seu espírito ainda assombra o trem fantasma. Não demora para que Devin embarque em sua própria investigação, tentando juntar as pontas soltas do caso. O assassino ainda está à solta, mas o espírito de Linda precisa ser libertado.
    O destino de uma criança e a realidade sombria da vida vêm à tona neste eletrizante mistério sobre amar e perder, sobre crescer e envelhecer, e sobre aqueles que sequer tiveram a chance de passar por essas experiências porque a morte lhes chegou cedo demais.

Opinião:

    Joyland, do escritor Stephen King, foi lançado este mês de julho por aqui pela editora Suma de letras.



    O mestre King presenteou os leitores com uma história muito bem escrita, comovente, um realismo bem acima da média, e ainda contém um mistério em torno dos assassinatos que prende o leitor do início ao fim da história. O livro possui apenas 240 páginas, e talvez por isso não foi possível se aprofundar no assassino e nos crimes cometidos, resultando assim em pouco terror e suspense, mas os momentos que possuem estes elementos são excelentes.

     Talvez por ser um livro bem curto, em se tratando do King, os personagens em sua maioria não foram muito aprofundados, mas não significa que são desinteressantes, pois muitos para mim serão inesquecíveis, como por exemplo o protagonista e narrador da história, Devin Jones; e o menino Mike, que possui uma doença grave e um dom especial, que já se encontra entre os personagens mais marcantes e carismáticos do autor que tive conhecimento até agora.

     Os momentos finais do livro são excelentes, talvez não muito surpreendentes, mas sim plausíveis e muito bem escritos, e claro... bem tristes. 

    Com certeza Joyland é leitura obrigatória para os fãs de Stephen King, e para os leitores que curtem histórias comoventes, com um pouco de terror/suspense, e um toque do gênero policial.

Minha nota: 9

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Resenha: A Casa do Mal de Dean Koontz


Sinopse:

    Frank Pollard desperta em uma vila, sem lembrar-se de nada além de seu nome. Mas ele sabe perfeitamente que está correndo um enorme perigo. Refugia-se num hotel e, mais de uma vez, acorda com as mãos manchadas de sangue. E, a cada noite que passa, encontra nas mãos e nos bolsos estranhos objetos aterrorizantes...
    A ajuda a Frank vem da dupla de detetives Bobby e Julie Dakota, que, por compaixão e curiosidade, concordam em ir até o fundo e desvendar essas misteriosas e amnésicas fugas. Mas, à medida que os Dakota começam a descobrir para onde se dirige seu cliente, eles são atraídos a reinos sombrios, onde uma sinistra figura...

Opinião:

    A Casa do Mal do autor americano Dean Koontz, foi publicado em terras brasileiras há mais de duas décadas pela editora Record.

   O autor criou uma história assustadora que prende o leitor da primeira a última página, e o mistério em torno do vilão que desde o início da narrativa desperta uma curiosidade e ansiedade imensa é genial. Este é o segundo livro do autor que leio, e confesso que achei superior a Fantasmas, que teve um início espetacular, porém, quando houve a descoberta do "ser" que estava assassinando as pessoas fiquei decepcionado. Diferentemente de A Casa do Mal, que possui um bom início, e conforme o decorrer das páginas o livro só melhora, resultando nas últimas dezenas de páginas frenéticas deliciosas de se ler.

    A escrita de Koontz  é fluída, possibilitando assim ler o livro rapidamente se possível. Tenho vários livros do autor que ainda não li, e depois deste estou ansioso para devorá-los.

   Os personagens, que não são muitos, são muito bem construídos. Destaque para o carismático casal de protagonistas, os detetives Bobby e Julie Dakota, que se completam tanto no relacionamento pessoal quanto no profissional. São eles os responsáveis pelos diálogos mais bem humorados da narrativa. Thomas, irmão de Julie, que é deficiente mental,  é um personagem sensacional. Me lembrou muito um personagem do livro Dança da Morte do escritor Stephen KingO vilão, que é A Casa do Mal, com suma mente extremamente perturbada e doentia é fascinante. O mais impressionante é que o autor conseguiu criar uma personalidade muito convincente para ele, que imagina com total certeza que suas atrocidades são o certo a se fazer. Com certeza é um dos vilões mais assustadores e bem construídos que tive conhecimento até agora. 

    Aconselho aos leitores a lerem as últimas dezenas de páginas de uma só vez para um melhor aproveitamento do ponto alto do livro, pois é desvendado todo o mistério do passado do cruel vilão. E que passado ! A Casa do Mal é altamente recomendado para os fãs do gênero.

Minha nota: 9

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Resenha: Millennium - Os Homens Que Não Amavam As Mulheres de Stieg Larsson - volume 1


"Em Os homens que não amavam as mulheres a riqueza dos personagens, a narrativa ágil e inteligente e os surpreendentes desdobramentos da história formam um conjunto magnífico que revela Stieg Larsson com um grande mestre da literatura de suspense." - Luiz Alfredo Garcia-Roza

"O problema com Larsson é que, se a gente se aventura e entra na história, está perdido: não tem como largar o livro. Talvez seja porque os protagonistas são animados por uma paixão parecida com a que motiva a curiosidade de todos nós: os dois, o jornalista bem-sucedido e a adorável jovem hacker (punk de corpo e espírito), são indivíduos sem família (ou quase), decididos a desvendar, justamente, um segredo de família." - Contardo Calligaris

Sinopse:

   Os homens que não amavam as mulheres traz uma dupla irresistível de protagonistas-detetives: o jornalista Mikael Blomkvist e a genial perturbada hacker Lisbeth Salander. Juntos eles desvendam uma trama verdadeiramente escabrosa envolvendo a elite sueca.
    Os homens que não amavam as mulheres é um enigma a portas fechadas - passa-se na circunvizinhança de uma ilha. Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e os diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henriq Vanger, o velho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada - o mesmo presente que Harriet lhe dava até desaparecer. Ou ser morta. Pois Henriq está convencido de que ela foi assassinada. E que um Vanger a matou.
   Quase quarenta anos depois o industrial contrata o jornalista Mikael Blomkvist para conduzir uma investigação particular. Mikael, que acabara de ser condenado por difamação contra financista Wennerström, preocupa-se com a crise de credibilidade que atinge sua revista, a Millennium. Henriq lhe oferece proteção para a Millennium e provas contra Wennerström, se o jornalista consentir em investigar o assassinato de Harriet. Mikael descobre que suas inquirições não são bem-vindas pela família Vanger. E que muitos querem vê-lo pelas costas. De preferência, morto. Com o auxílio de Lisbeth Salander, que conta com uma mente infatigável para a busca de dados - de preferência, os mais sórdidos -, ele logo percebe que a trilha de segredos e perversidades do clã industrial recua até muito antes do desaparecimento ou morte de Harriet. E segue até muito depois .... até um momento presente, desconfortavelmente presente.

Opinião:

   Os Homens Que Não Amavam As Mulheres, de autoria do sueco Stieg Larsson, é o primeiro livro da série Millennium, série esta lançada em terras brasileiras pela editora Companhia Das Letras. Está previsto o lançamento aqui no Brasil do quarto livro da série para o mês de agosto deste ano, intitulado A Garota Na Teia De Aranha, e que devido a morte de Stieg Larsson, foi escrito por David Lagercrantz. 
    
   Faz tempo que esta série estava na minha lista de leituras, e tendo como base várias resenhas que li deste primeiro livro, minhas expectativas estavam altas, e confesso que foram totalmente correspondidas.

    Mesmo o livro sendo um calhamaço de mais de quinhentas páginas, que não é muito comum no gênero policial, e ainda possuir uma história densa e detalhista, a leitura não foi cansativa em momento algum. Méritos para o autor Stieg Larsson, que escreve de uma maneira simples e agradável. 
   
    Senti falta de mais ação no decorrer do livro, porém, na falta deste elemento o leitor é recompensado com uma excelente história, que é convincente e contém muito suspense e mistério que gira em torno da família Vanger. E que família excepcional !

    Os personagens, que não são poucos, são o ponto forte da obra, pois eles são bem descritos e carismáticos, com uma personalidade muito bem definida. Fica até difícil de destacar alguns, sendo os mais importantes para a narrativa os protagonistas Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander; o mais poderoso da família Vanger, Henriq Vanger; e a assassinada ou desaparecida Harriet Vanger.

   O final é fechado e muito satisfatório, e confesso que já estou com saudade dos personagens marcantes da obra. Em breve lerei e postarei a resenha aqui no blog do segundo livro da série, A Menina Que Brincava Com Fogo, que para muitos leitores é o melhor dos três primeiros livros. Os Homens Que Não Amavam As Mulheres é totalmente recomendado para os fãs do gênero !

Minha nota: 9

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Resenha: Trilogia das Joias Negras - A Filha do Sangue de Anne Bishop - volume 1


"A Filha do Sangue de Anne Bishop é como uma xícara de café: forte, escuro e implacável com os estômagos mais delicados."  -  The Times

"A Trilogia das Joias Negras é uma das leituras mais originais e espetaculares que fiz nos últimos tempos. Mesmo não sendo um grande fã de fantasia, fui fisgado desde o primeiro volume." -  Luc Duplessis

"Tremendamente sensual, rico em detalhes, um mundo em que se subvertem todos os clichês do gênero fantástico. Simplesmente genial." - Library Journal

Sinopse:

   O Reino Distorcido se prepara para o cumprimento de uma antiga profecia: a chegada de uma nova Rainha, a Feiticeira que tem mais poder que o próprio Senhor do Inferno. Mas ela ainda é jovem, e por isso pode ser influenciada e corrompida. Quem a controlar terá domínio sobre o mundo. Três homens poderosos - inimigos viscerais - sabem disso. Saetan, Lucivar e Daemon logo percebem o poder que se esconde por trás dos olhos azuis daquela menina inocente. Assim começa um jogo cruel, de política e intriga, magia e traição, no qual as armas são o ódio e o amor. E cujo preço pode ser terrível e inimaginável.
  
Opinião:

   A Filha do Sangue da escritora Anne Bishop é o primeiro volume da Trilogia das Joias Negras, lançado em terras brasileiras pela editora Saída de Emergência.

   Este é mais um livro que eu estava muito empolgado para iniciá-lo, com a expectativa muito alta, e terminada a leitura não foi bem o que eu esperava. Acontece !

    A autora criou um universo muito criativo e original, diferente de tudo o que eu tinha lido até agora, contendo muito erotismo, que me deixou um tanto desconfortável, e um clima um tanto sombrio. Anne Bishop escreve de uma maneira muito fluída, e que mesmo eu não gostando muito do livro, foi possível concluí-lo rapidamente. 

   O meu problema com a obra foi que ao meu ver a autora não soube aproveitar o fantástico universo criado, resultando em uma trama que conforme ia chegando ao fim, a história não desenrolava,  e somente nas últimas dezenas de páginas o livro melhorou, com boas cenas de ação e um bom final. Mas por se tratar de uma trilogia, muito pouco deste mundo complexo foi demonstrado, sendo bem provável que já no segundo volume a história melhore, e muito.

    Os personagens foram muito bem construídos, com destaque para a protagonista Jaenelle Angelline, uma menina de apenas doze anos que está destinada a ser a Rainha das Trevas; Daemon Sadi, escravo sexual da Sacerdotisa Suprema Dorothea e de outras rainhas, que é responsável pelos maiores momentos eróticos do livro; e por último temos Saetan Daemon SaDiablo, pai de Daemon Sadi e Senhor Supremo do Inferno, que se torna uma espécie de mentor de Jaenelle.

    Todas as resenhas que li desta obra foram muito positivas, sendo assim, eu é que sou a exceção por ter achado A Filha do Sangue apenas mediano, porém, com toda a certeza é uma saga que só tem a evoluir nos demais volumes. Talvez eu mude de ideia, mas por enquanto não pretendo continuar a leitura dos próximos livros da série. 

Minha nota: 7

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Resenha: Fúria Lupina Brasil de Alfer Medeiros - volume 1


Sinopse:
     A natureza lupina liberta. A natureza humvana destrói.
    Qual é a origem do mito do lobisomem ? Maldição, doença, dom, herança ou eventos aleatórios ? Ou será que todas essas hipóteses são aplicáveis ?
    Em Fúria Lupina Brasil, as peças do quebra-cabeça são apresentadas no decorrer de algumas décadas. Quando, no ano de 2009, essas peças começam a se encaixar para formar a imagem final, homens e feras aparentemente desconexos entram em uma alucinada rota de colisão, que resultará em sangue, violência e morte.
  Uma organização secreta, um grupo ecoterrorista, mercenários, lobisomens com variações de raça e conflitos de natureza humana permeiam toda a trama, que passa por Estados Unidos, México, Noruega, São Paulo e Mato Grosso, finalmente desembarcando na Amazônia brasileira, onde muitos destinos serão traçados.

Opinião:
   Fúria Lupina Brasil foi publicado por aqui pela Madio Editorial, e é o primeiro livro de uma série, que não sei ao certo de quantos serão.

  Metade do ano já se foi e de repente percebi que ainda não tinha lido nenhum livro nacional este ano, sendo assim, dando uma olhada em minha estante nos títulos nacionais que possuo, o escolhido da vez foi Fúria Lupina Brasil, do escritor Alfer Medeiros, que até então eu não tinha lido obra alguma do autor.


   A obra tem como foco lobisomens, ou homens-lobos como são mais denominados no livro. A história é original, bem diferente das que conhecemos através de outros livros e filmes. A narrativa se passa paralelamente nos Estados Unidos, México, Noruega e no Brasil, sendo que quando a história se passa em nossas terras, o autor incutiu com maestria personagens do folclore brasileiro. Contém ainda no livro muita violência, sendo estas cenas bem descritas pelo autor, e visualizadas pelo leitor com facilidade as cenas de decapitações e desmembramentos, sentindo assim em nossa pele a tensão e sofrimento das vítimas. A escrita de Alfer Medeiros flui com muita facilidade, e em razão dos acontecimentos que são narrados começarem em 1977 e terminarem em 2010, facilitou ao meu ver incutir cenas de ação quase a todo momento, resultando assim em uma história frenética, não sendo massante e monótona em momento algum. Se eu pudesse teria devorado o livro em um único dia, pois a história é muito envolvente e cativante.

   Nota-se que o autor utilizou várias referências na obra, sendo que algumas são identificadas com mais facilidade pelo leitor, outras nem tanto.  Gosto muito de referências em livros quando bem utilizadas e encaixadas no contexto da história, como foi o caso deste livro.
   Os personagens, que não são poucos, são bem verossímeis, pois possuem uma personalidade própria sólida. Muitos personagens são de grande importância para a história, ficando até difícil dar destaque para alguns. Gostei muito do caçador mercenário Joe Hell Vansing, que é muito habilidoso e determinado no que faz. A participação do casal carismático de lobisomens Dante e Caroline são essenciais nos momentos finais da narrativa. Espero vê-los no próximo volume da série. 

   A conclusão do livro sangrenta e com muita ação  foi muito bem executada e descrita, ficando um ótimo gancho para o próximo volume, Fúria Lupina América Central, que provavelmente será tão bom quanto este, e continuação esta que já está na minha estante esperando para ser lida. Ainda este ano, pretendo ler e postar a resenha aqui no blog. Com certeza recomendo Fúria Lupina Brasil, que se encontra entre os melhores livros nacionais que li em minha opinião. 

Minha nota: 9