quinta-feira, 14 de maio de 2015

Resenha: Nobres Vigaristas - As Mentiras de Locke Lamora de Scott Lynch - livro 1


"Uma história original, vigorosa e arrebatadora de uma nova e brilhante voz da ficção fantástica." - George R. R. Martin

"Eu fiquei totalmente atordoado pela qualidade da obra: a linguagem e a construção de mundo e da trama, a perspicácia e a destreza de Scott Lynch. Provavelmente é um dos cinco melhores livros que li na vida." - Patrick Rothfuss, autor de O Nome do Vento e O Temor do Sábio

Sinopse:
  Camorr é uma cidade dividida entre a rica nobreza que vive em suntuosas chácaras e as gangues de ladrões que coalham as ruas. Para estabelecer a ordem, é firmado um acordo entre os dois maiores governadores, intitulado a Paz Secreta, para proibir que qualquer um da elite seja roubado. Só que os Nobres Vigaristas não gostam de seguir as regras. Liderados pelo Padre Correntes, seus integrantes são treinados para se infiltrar entre os nobres e dar golpes desconcertantes, sem conhecimento de seus superiores.
  Ao receber um novo órfão para cuidar, o sacerdote enxerga nele um potencial enorme para a vida no submundo. Com apenas 5 anos, Locke Lamora já conseguiu feitos que ladrões bem mais experientes ainda não alcançaram. Arduamente preparado para a carreira na pilantragem, ele dá prosseguimento às elaboradas armações que fizeram sua fortuna, sempre se valendo do humor e da audácia.
  Porém uma série de mortes aterroriza os ladrões de Camorr. Elas são atribuídas ao sanguinário e ambicioso Rei Cinza, que visa derrubar o mafioso Capa Barsavi e eliminar qualquer um que tente impedir sua escalada de poder - especialmente uma gangue que já conseguiu ludibriar toda a cidade. De repente, o grupo de Locke se vê ameaçado por um rival que parece ser indestrutível e saber tudo sobre suas vidas. Mais do que nunca, Locke Lamora precisa pôr em ação suas mentiras para que nenhum deles morra.

Opinião:
  As Mentiras de Locke Lamora é o primeiro livro da série Nobre Vigaristas, ainda inacabada. Em terras brasileiras foi publicado ano passado o segundo volume, Mares de Sangue, e nestes próximos dias será lançado por aqui a sequência República de Ladrões. Ambas as continuações serão resenhadas aqui no blog em um futuro próximo.
  O foco da trama deste primeiro livro da série, e que provavelmente será também nos próximos volumes, se trata de aplicações de golpes dos ladrões com mentiras e disfarces impressionantes. O mundo fantástico apresentado por Scott Lynch é magnífico e original, contendo cenários fascinantes e um alto realismo. 
  A narrativa é alternada entre presente e passado, nos apresentando Locke ainda criança com suas habilidades de ladrão bem acima da média, sendo ensinado e aprimorado pelo Padre Correntes, e também nos mostra como Lamora conhece os futuros integrantes da gangue Nobres Vigaristas. É muito interessante acompanhar a amizade crescendo entre eles, tornando-os como irmãos inseparáveis. No tempo presente, Locke Lamora  já se encontra com mais de 25 anos, e é aqui que se passa a maioria das páginas do livro, que contém  seus golpes audaciosos e perigosos ao extremo. 
  A história possui um humor sarcástico que aprecio muito, proporcionando vários momentos de diversão ao leitor com os personagens apresentados que são interessantíssimos, a ponto de que alguns merecem livros de contos para conhecermos mais sobre eles, assim como Patrick Rothfuss fez com alguns personagens de A Crônica do Matador do Rei. 
  Comentando ainda sobre os personagens, temos os integrantes da gangue de Lamora, o grandalhão e exímio lutador Jean; os irmãos gêmeos Calo e Galdo, que são bons em tudo que fazem, mas não excepcionais; e o mais novo da turma, Pulga, que por ser pequeno tem facilidade para cometer roubos específicos e se esgueirar sem que ninguém perceba. Temos ainda Capa Barsavi, uma espécie de chefe da gangue de Lamora e de muitas outras, tendo elas que pagar impostos e ainda seguir certas regras. Os mais interessantes de todos personagens que achei, sendo os maiores responsáveis por eu querer devorar o livro, de tanto que eu queria saber mais sobre eles, são os misteriosos  Rei Cinza, o Aranha, e os quase invencíveis Magos Servidores, estes últimos responsáveis pela pouca, mas impressionante, magia contida na história.  .
   O autor escreve de forma detalhada em muitas vezes mas muito bem, pois mesmo  a história sendo complexa são poucos os momentos massantes. A trama ainda possui reviravoltas inesperadas e convincentes, sendo que algumas passagens fui bem surpreendido. A história possui um final fechado concluindo muito bem. Enfim, livro mais que recomendado para os fãs do gênero. Nota máxima para As Mentiras de Locke Lamora.

Minha nota: 10

8 comentários:

  1. Engraçado, apesar de tudo ainda não me sinto muito atraída por este livro... Quem sabe isso mudo no futuro...

    http://www.conversandocomdragoes.com/

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    1. Kate, acho que as chances de você gostar do livro são grandes, pois ele é muito bom e divertido.

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    2. Achei este livro uma verdadeira obra-prima. Perfeito em todos os aspectos! A continuação, Mares de Sangue, é tão bom quanto. Esta série, ao lado de Mistborn, é minha favorita!

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    3. Achei este livro uma verdadeira obra-prima. Perfeito em todos os aspectos! A continuação, Mares de Sangue, é tão bom quanto. Esta série, ao lado de Mistborn, é minha favorita!

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    4. Fábio, acabei de terminar de ler Mares de Sangue e também o achei no mesmo nível deste primeiro volume. As minhas séries favoritas por enquanto são Mistborn e A Crônica do Matador do Rei que gosto por muito pouco mais que Os Nobres Vigaristas. As Crônicas de Gelo e Fogo por enquanto estou seguindo apenas a série, que acho espetacular.

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  2. Maurilei, quanto ao George Martin, acho ele apenas razoável. Sinceramente, não sei o que as pessoas veem de tão excepcional nesta cara. As crônicas de gelo e fogo são, em minha opinião, apenas boa, mediana. Nada mais do que isso. Eu até doei meus livros do Martin. Quanto à Crônica do Matador do Rei, concordo plenamente com vc. Como foi que esqueci de mencionar essa maravilha?!

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  3. Maurilei, quanto ao George Martin, acho ele apenas razoável. Sinceramente, não sei o que as pessoas veem de tão excepcional nesta cara. As crônicas de gelo e fogo são, em minha opinião, apenas boa, mediana. Nada mais do que isso. Eu até doei meus livros do Martin. Quanto à Crônica do Matador do Rei, concordo plenamente com vc. Como foi que esqueci de mencionar essa maravilha?!

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    1. Fábio, respeito sua opinião. Dos livros dos livros das Crônicas de Gelo e Fogo eu não posso opinar porque ainda não li nem o primeiro volume. A série televisiva estou gostando muito, principalmente o universo interessantíssimo em minha opinião e as reviravoltas apresentadas.

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