Contém spoilers do livro anterior.
Sinopse:
A queda do Império Final trouxe a esperança. E despertou mistérios assustadores. Numa sucessão de golpes de sorte, Elend Venture subiu ao trono de Luthadel, a principal cidade do Império Final. Nos meses que se seguiram a queda do senhor Soberano e a dissolução do seu governo, o novo rei revolucionou as relações entre os skaa - a classe social mais baixa - e os nobres, atraindo a atenção dos diversos governantes das outras partes do grande império. Dentro das muralhas de Luthadel, o perigo espreita de todos os lados. Assassinos de aluguel alomânticos ameaçam a vida do rei, a desconfiança generalizada faz a população temer pelos rumos da cidade e desejar o retorno do Senhor Soberano, e um inverno inclemente se aproxima. Elend, Vin e o bando de Kelsier tentam manter o controle a todo custo, mas os piores inimigos ainda estão por vir. Fora das muralhas arma-se um cerco militar gigantesco. À frente dele, Straff Venture, o pai de Elend, um tirano cruel e desesperado por poder, busca invadir Luthadel. E ele não está sozinho. O destino de todo o Império Final está envolto nas brumas, e apenas uma força sobrenatural será capaz de desvendar os mistérios que assolam seus habitantes.
Opinião:
O Poço da Ascensão é o mais novo lançamento da editora Leya, e é o segundo volume da trilogia Mistborn - Nascidos da Bruma, que por enquanto não tem uma data definida para o lançamento da conclusão da série. Espero que não demore muito ! Lembrando os leitores que é aconselhável ler os livros da série em sequência.
Depois que terminei a leitura do primeiro volume da série, O Império Final, eu não via a hora de ter em mãos a sequência, pois foi o melhor livro de fantasia que li na vida. Adjetivos como "espetacular", "magnífico", "fantástico", não são o suficiente para definir o quanto gostei do início da trilogia.
Apesar de O Poço da Ascensão não superar O Império Final, a altíssima qualidade da obra não caiu. A escrita fluída e de fácil entendimento de Brandon Sanderson continua presente, e mesmo por se tratar deu um livro com muita intriga política, e por isso é uma leitura mais lenta (com exceção das últimas 160 páginas) a obra não se torna massante e entediante em momento algum; méritos para o autor.
Comentando um pouco dos personagens, temos vários destaques. Além da talentosa Vin, que está se encaminhando para ser a mais poderosa Nascida da Bruma já existente, e Elend, que amadurece e evolui muito no decorrer da narrativa, houve a inclusão dos abomináveis Kollos - uma raça de guerreiros bestiais e sedentas por destruição criada pelo Senhor Soberano durante a Ascensão, em seguida usada por ele para dominar o mundo, que com a queda do Senhor Soberano eles estão em um contingente em torno de vinte mil incontroláveis guerreiros. Gostei muito de maior destaque para o sábio Guardador terrisano Sazed o para o Kandra Oreseur, que está entre uma das maiores criações que vi em um mundo fantástico, pois a habilidade deles de conseguir ingerir o cadáver de uma pessoa, e em seguida conseguir reproduzir o corpo com a própria carne é impressionante. Senti muita falta de O Sobrevivente de Hathsin, e o interessante é que muitas vezes parece que sentimos sua presença.
O que me incomodou na leitura, e por pouco não prejudica a obra, foi a criancice de Vin e Elend que a quase todo momento era batido no mesmo assunto. Era um tal de um não achar que o outro o merecia e vice versa. Achei válida estas reflexões do casal, mas poderia ter sido bem menos evidenciado.
Nas últimas dezenas de páginas a narrativa é mais acelerada e o livro melhora ainda mais, nos fornecendo reviravoltas e esclarecimentos surpreendentes. O final é fechado e deixa um excelente gancho para a conclusão da série que tem tudo para ser tão boa quanto o primeiro volume. Nota máxima para O Poço da Ascensão.
Minha nota: 10
Eu tb gostei muito desse livro, apesar de achar a narrativa um pouco arrastada, mas é por causa do destaque ao lado político, como vc bem lembrou. De qualquer maneira, é um livro excelente.
ResponderExcluirTb me incomodou um pouco essa frescura da Vin com o Elend, embora o destaque em Eland tenha sido muito bem feito pelo autor.
Bem, que venha o terceiro e que a editora não se atrase no lançamento.
Adorei a resenha. Abs!
Cassiana, comparado ao Império Final, este a narrativa é mais arrastada mesmo. Brandon Sanderson exagerou nas frescuras de Vin e Elend, não precisava tudo aquilo. Imagino que no terceiro livro Elend vai continuar tendo destaque, na verdade torço pra que tenha. Não vejo a hora do lançamento do terceiro volume da série. Abraços.
ExcluirO livro é bom, afinal, estamos falando do Brandon Sanderson, em minha opinião o principal escritor da literatura fantástica atualmente. MAs, enfim, este livro, apesar de muito bom, ficou bem aquém do primeiro livro. Acho que ele agrada bastante nas últimas 100 páginas quando a narrativa fica frenética e cheia de surpresas. Super ansioso pelo desfecho da trilogia que, parece, vai ser de arrebentar.
ResponderExcluirFábio, o Brandon Sanderson ao lado do Patrick Rothfuss são meus escritores preferidos do gênero, e para decidir dentre os dois tenho que ao menos esperar o desfecho de ambas trilogias. Torço muito que o desfecho de Mistborn seja tão bom quanto O Império Final.
ExcluirAhh, outro ponto fantástico: a presença onipresente de Kelsier. Ele, mesmo depois dos acontecimentos do primeiro livro, figurou como um dos personagens principais...é como se ele estivesse ali.
ResponderExcluirBem lembrado Fábio; a presença onipresente do Kelsier no livro é mais uma demonstração do quanto o Sanderson é genial como escritor.
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