quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Fim de uma pequena jornada



Por falta de tempo e ânimo decidi parar com o blog. Os eventuais comentários pretendo responder, e continuarei a acompanhar vários blogs de muito bom conteúdo que conheci antes e durante meu blog, e claro, continuarei com minhas leituras.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Resenha: O Diamante do Tamanho do Ritz e Outros Contos de Francis Scott Fitzgerald



"Fitzgerald era melhor escritor do que todos nós juntos." - John O' Hara


Sinopse:

O Diamante do Tamanho do Ritz traz a história de John T. Unger, nascido na cidadezinha de Hades. Quando vai estudar em Boston, ele entra em contato com a classe alta da Nova Inglaterra, a sua crescente obsessão por status o levará às mais disparatadas desventuras. 

Em Bernice Corta o Cabelo, uma moça do interior passa uma temporada na cidade e faz de tudo para se aproximar da prima, uma jovem popular e sem escrúpulos. 

Em O Palácio de Gelo, Sally Carrol, uma garota sulista debate-se entre o noivado com um ianque e as fidelidades às tradições do Sul. 

Além de figurar entre os mais famosos contos de Fitzgerald, estes textos são exemplares do autor, pela narrativa arrojada e por abordar a vida da juventude rica americana na primeira metade do século XX.


Opinião:

O Diamante do Tamanho do Ritz e Outros Contos, reúne três contos de Francis Scott Fitzgerald, sendo o primeiro conto, o que leva o título do livro escrito em 1922, Bernice Corta o Cabelo também em 1922 e O Palácio de Gelo escrito em 1920. Esta edição brasileira foi publicada em 2006 pela editora L&PM, contendo 134 páginas.

O autor demonstra nestes contos o glamour da classe alta da época e também seu lado cruel e fútil, ao mesmo tempo que pessoas de uma condição financeira inferior fazem o possível para agradar os ricos para ter uma chance de fazer parte do meio social da classe alta.

Os contos fluem bem, e os temas abordados são interessantes, mas confesso que não me prenderam muito, com exceção de O Diamante do Tamanho do Ritz, por possuir uma história bem diferente e com um desfecho surpreendente. 


Minha nota: 8

domingo, 22 de novembro de 2015

Resenha: A Guerra da Rainha Vermelha - Prince of Fools de Mark Lawrence - volume 1



Sinopse:

"Sou mentiroso, trapaceiro e covarde, mas nunca, nunquinha, vou deixar um amigo na mão. A não ser, é claro, que para isso seja preciso sinceridade, jogar limpo ou coragem."

Assim se apresenta Jalan Kendeth, o neto da Rainha Vermelha e décimo na linha de sucessão ao trono. Um verdadeiro hedonista sem pretensões políticas, que se vê obrigado a abandonar sua boa vida após sofrer uma tentativa de assassinato. Para escapar, precisa se aliar a um perigoso guerreiro.


Opinião:

Prince of Fools, escrito por Mark Lawrence, é o primeiro volume da trilogia A Guerra da Rainha Vermelha, publicado originalmente em 2014, e lançado por aqui neste mês de novembro pela editora DarkSide, com o total de 411 páginas.

Contendo o mesmo universo da Trilogia dos Espinhos, o autor Mark Lawrence nos apresenta um protagonista, o príncipe Jalan Kendeth, bem diferente do implacável Jorg Ancrath, pois Jalan é covarde e trapaceiro, e sendo assim ele se mete em várias confusões hilárias, dando assim muito mais humor nesta série do que na anterior. Humor este presente na narrativa em primeira pessoa, dando ao leitor a visão pelo irreverente Jalan, e os diálogos também possui um refinado humor que me proporcionou muitas risadas.

Em se tratando da história apresentada, que tem como foco central a mitologia nórdica, até que achei boa, mas ao meu ver a história da Trilogia dos Espinhos é superior a esta.

No geral, levando em consideração suas diferenças, Prince of Fools é tão boa quanto a trilogia antecessora, mas acredito eu que A Guerra da Rainha Vermelha irá agradar um número maior de leitores, em razão de não apresentar a violência extremista da Trilogia dos Espinhos, e mesmo o cenário continuando sombrio, ele é mais leve, e o protagonista é bem mais carismático que Jorg.

A conclusão da obra é satisfatória, e ao terminar a leitura ficou um gancho muito bom para o próximo volume, que possivelmente será melhor que este início da série.

Aos fãs da Trilogia dos Espinhos, e que gostam de uma narrativa e diálogos bem humorados e apreciam a mitologia nórdica, Prince of Fools é altamente recomendado.


Minha nota:9

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Resenha: Histórias de Arrepiar de Robert Westall



Sinopse:


Casa Vazia: Ele nunca tinha matado uma aula. Um dia foge da escola e descobre uma casa vazia. Abre a porta e entra, mergulhando no desconhecido.

Dia da Caça: Era um caçador cruel, um verdadeiro predador. Mas de repente a coisa mudou: chegou o dia da caça. 

Linha Cruzada com a Morte: Na noite de Natal, "Os Samaritanos" recebem chamadas de vozes solitárias e desesperadas. Mas desta vez, quando o telefone tocou, era uma ligação direta com a morte.

Warren, Sharon e Darren: Um casal está tentando construir uma boa vida juntos, mas o problema é que o rapaz não gosta muito de trabalhar e de repente se torna muito responsável e trabalhador. O mais interessante é o porque e como de o rapaz ter mudado.

Tio Otto: Um conto estranho em que em um parque animais e estátuas aparecem do nada e depois disso tudo fica ainda mais sinistro.

O Relógio da Casa Vermelha: Diz sobre quando na infância o narrador trabalhava com um amigo de seu pai que fazia leilões de objetos variados. A história fica mesmo interessante quando o menino se depara com um impressionante relógio quebrado. 

Assim são as histórias de Robert Westall, um dos mais populares autores ingleses do século passado, premiado duas vezes com a "Carnegie Medal".


Opinião:

Histórias de Arrepiar foi escrito por Robert Westall em 1989, e publicado por aqui em 1991 pela editora Paulicéia com o total de 135 páginas.

Não tem como se aprofundar muito no conteúdo dos seis contos na sinopse, pois por serem todos curtos revelaria mais do que os leitores gostariam, prejudicando assim o proveito da leitura.

O autor escreve bem, e as histórias são criativas e bem desenvolvidas, permeando sempre um suspense misterioso que deveria prender o leitor durante toda a leitura, porém, não prendeu minha atenção tanto quanto eu gostaria, em razão das histórias, bem diferentes por sinal, não terem me agradado muito. Questão de gosto mesmo. 

O meus contos preferidos foram Linha Cruzada com a Morte e Warren, Sharon e Darren, devido as histórias terem me agradado mais. 

Histórias de Arrepiar é recomendado aos que apreciam obras de suspense e mistério com toques de terror, e que por ser curto e não tomar muito tempo dos leitores, vale a pena arriscar.


Minha nota: 8

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Resenha: O Conquistador - Os Senhores do Arco de Conn Iggulden - volume 2



"Tem-se a impressão de estar diante de um grande filme... Leia antes de Hollywood levá-lo às telas." - Daily Express


Sinopse:

Temugin dos lobos se tornou Gêngis Khan, um homem que deve unir as tribos divididas pela guerra no Oriente. Seu objetivo é criar uma nova nação das planícies e montanhas ermas da Mongólia. Um nascimento sangrento que deixará de joelhos um continente. 

Durante milhares de anos seu povo foi mantido isolado pelo império jin, uma terra de enorme riqueza e numerosos exércitos. Seus guerreiros têm apenas o arco, o cavalo e a disciplina férrea, nascida de uma terra de gelo, fome e morte. Muralhas de pedra se erguem acima dos cavaleiros mongóis, e Gêngis  deve derrotar o antigo inimigo ou ver seu povo ser disperso e seus sonhos despedaçados.

Além de conhecer o inimigo ancestral, ele deve reconciliar os grupos descontentes com seus generais, mediar entre seus irmãos ambiciosos e lidar com as próprias emoções ao ver os filhos crescendo. O jovem guerreiro se tornou um comandante militar vitorioso: agora deve elevar seu povo à grandeza.


Opinião:

Os Senhores do Arco, de autoria de Conn Iggulden, é o segundo volume da série O Conquistador, publicado originalmente em 2008 e foi lançado por aqui  pela editora Record.

As qualidades de Os Senhores do Arco são muitas, mas a maior a meu ver, assim como o primeiro livro da série, é o quanto a obra é envolvente. A história de Gengis é fantástica, e nas obras de Conn Iggulden podemos ter uma ideia próxima dos feitos deste conquistador que em Os Senhores do Arco continua tão impiedoso para com seus inimigos, mas que para com seus comandados sempre tenta ser o mais justo possível. 

Em muitos momentos da obra temos a visão de personagens secundários, evidenciando a importância deles na trama, tornando assim o livro ainda mais impressionante. As batalhas são muito bem descritas, possuindo várias cenas impactantes. 

O relacionamento de Gengis com seu povo e principalmente com sua família é muito interessante de se acompanhar, sendo que para o próximo volume provavelmente seus filhos terão maior ênfase, me deixando muito curioso para ver a evolução deles. 

Os momentos finais finais da obra é diferente do que eu imaginava, e foi muito bom ter sido surpreendido. 

Por enquanto o livro anterior, O Lobo das Planícies, é o meu preferido da saga desta Gengis Khan, por eu ter achado ainda mais marcante que este, questão de gosto mesmo, pois são do mesmo altíssimo nível.

A série O Conquistador é uma leitura obrigatória aos fãs de ficção histórica. E que venha o terceiro volume da série, Os Ossos das Colinas, que provavelmente será tão bom quanto os livros anteriores. Nota máxima para Os Senhores do Arco.


Minha nota: 10

sábado, 14 de novembro de 2015

Resenha: O Inimigo Secreto de Agatha Christie



"Trama original. Um dos livros que impulsionou a carreira de Agatha Christie, apresentando o casal de detetives Tommy e Tuppence." - Times Literary Supplement


Sinopse:

Cansados da rotina, dois jovens decidem fundar uma empresa nada convencional, especializada em investigações, a Jovens Aventureiros Ltda. O primeiro caso era um desafio que intrigava a Scotland Yard: o desaparecimento da americana Jane Finn, levando com ela documentos secretos que poderiam comprometer o governo inglês. Mas Thomas Beresford e Prudence Cowley - ou simplesmente Tommy e Tuppence - não são os únicos interessados em descobrir o paradeiro desses papéis. A mesma busca é empreendida por um homem misterioso e perigoso, conhecido como Sr. Brown, um mestre na arte do disfarce, que pode aparecer do nada e desaparecer em seguida sem deixar qualquer rastro.


Opinião:

O Inimigo Secreto é a primeira aventura dos detetives Tommy e Tuppence, de autoria de Agatha Christie, lançado originalmente em 1922. Esta edição da BestBolso possui o total de 319 páginas.


Eis mais uma obra da Rainha do Crime que flui rapidamente, sendo possível ler em um final de semana tranquilamente. Vale destacar que para a época em que O Inimigo Secreto foi lançado, quase cem anos atrás, a maneira da autora escrever era diferenciada, pois sua habilidade de nos contar suas histórias de uma maneira rápida e direta sem parecer uma trama rasa é de se elogiar. 

Novamente Agatha leva o leitor a duvidar sobre a identidade do vilão, nos induzindo a mudar de opinião várias vezes, e mesmo nesta obra sendo poucas as alternativas, digo que mais uma vez errei a identidade do inimigo secreto. 

Os ousados protagonistas Tommy e Tuppence apresentados nesta obra possuem um carisma que conquista o leitor, mas por enquanto ainda prefiro ver Poirot por para funcionar suas células cinzentas.

Mais uma vez, mesmo se tratando de uma boa história, ao meu ver algumas atitudes dos personagens não me convenceram, sendo isto o único ponto negativo do livro.

Enfim, O Inimigo Secreto é no mínimo uma boa obra, pois a maioria das resenhas que andei lendo possuem opiniões muito positivas. Tenho muitos outros livros da autora na estante, e ao olhar para eles tenho a esperança de ao menos um eu gostar tanto quanto do espetacular E Não Sobrou Nenhum.

Para os fãs da autora é uma leitura altamente recomendada, e para os que ainda não conhecem seus trabalhos, O Inimigo Secreto é uma boa opção.


Minha nota: 8

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Resenha: Crônicas Saxônicas - O Último Reino de Bernard Cornwell - volume 1



Contém spoilers na sinopse.


Sinopse:

Uhtred nasceu na aristocracia do reino da Nortúmbria. Órfão aos 10 anos, o menino é capturado pelos dinamarqueses, que lhe ensinam o modo de vida viking. Só que o destino de Uhtred está inevitavelmente ligado a Alfredo, rei de Wessex, governante do único reino inglês a não se dobrar perante a fúria dos guerreiros do norte.

A luta ferrenha entre ingleses e dinamarqueses e o embate entre cristianismo e paganismo compõem o cenário desta obra de Bernard Cornwell. Aos 11 anos, Uhtred está em dúvida quanto à sua lealdade, mas uma matança em uma fria manhã de inverno o leva ou o mantém para o lado dos ...


Opinião:


O Último Reino, do autor Bernard Cornwell, é o primeiro volume da série Crônicas Saxônicas, lançado originalmente em 2004, e por aqui é uma publicação da editora Record, com o total de 362 páginas.  

Este é o primeiro livro do Bernard Cornwell que leio, e segundo do gênero ficção histórica, e digo desde já que as minhas altas expectativas foram totalmente correspondidas. 

O autor conseguiu prender a minha atenção na leitura da primeira a última página, em razão da história impressionante, a narrativa não ser nada cansativa, os diálogos são memoráveis, e ainda tem o bônus de que tenho muito interesse pela cultura nórdica. Muitos personagens e fatos ocorridos realmente existiram, tornando assim a obra ainda mais impressionante.


Se não bastasse as qualidades mencionadas, o melhor mesmo da obra ao meu ver foram as batalhas, pois o realismo é tão grande que podemos nos imaginar em batalha juntamente com a parede de escudos. 

De ponto negativo confesso que não consegui encontrar nenhum, somente que talvez para alguns leitores poderá incomodar a violência sanguinária das batalhas, que para mim isto é algo positivo, pois é retratado pelo autor o mais próximo possível da realidade da época. 

O Último Reino é uma leitura obrigatória aos fãs do gênero, e aos que nunca leram livros de ficção histórica mas gostam do tema abordado e não se importam com confrontos sangrentos, também é altamente recomendado.


Minha nota: 10

domingo, 8 de novembro de 2015

Resenha: Hombre de Elmore Leonard



Sinopse:

Ao tomar parte em uma diligência com mais seis viajantes, John Russell talvez não imaginasse que aquela poderia ser sua última jornada. Ele teria de provar, definitivamente, a bravura e a sabedoria que só os anos vividos entre os apaches poderiam lhe conceder.


Opinião:

Hombre, escrito por Elmore Leonard originalmente em 1.961, foi publicado por aqui pela editora Rocco, contendo 174 páginas.

O gênero Western, conhecido por muitos por "bang-bang ou faroeste", é uma novidade para mim em se tratando de livros.

Hombre é uma leitura simples, e que possui uma escrita de fácil entendimento que flui rapidamente. 

Os diálogos são curtos e precisos, sendo eles o melhor do livro ao meu ver, pois transmitem um realismo imenso, com frases impactantes e condizentes para com os personagens. 

A narrativa de Elmore Leonard não se atém a muitas descrições, contribuindo assim para a fluidez da história.

O personagem destaque não poderia ser outro a não ser o implacável John Russelum homem de poucas palavras e com jeito calmo e calculista até quando está passando por situações perigosas.

De ponto negativo talvez seja que poderia ser um livro maior, contendo assim uma história mais complexa, pois terminada a leitura ficou aquele desejo de "quero mais".

Juntamente com os diálogos, os momentos finais é o melhor do livro, pois é onde vemos realmente o quanto John Russel é habilidoso com uma arma de fogo em mãos.

Hombre é uma leitura recomendada aos fãs do gênero Westen, e ao leitores, que assim como eu, estão iniciando no gênero. Fiquei muito interessado em livros de faroeste, e com certeza lerei mais livros do autor.


Minha nota: 9

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Resenha: Perdido em Marte de Andy Weir



"Não consegui largar este livro ! É a rara combinação de uma ótima trama original, personagens incrivelmente reais e uma precisão técnica fascinante. É como um episódio de MacGyver na Ilha misteriosa." - Astronauta Chris Hadfield, comandante da Estação Espacial Internacional


Sinopse:

Há seis dias, o astronauta Mark Watney se tornou a décima sétima pessoa a pisar em Marte. E, provavelmente, será a primeira a morrer no planeta vermelho.

Depois de uma forte tempestade de areia, a missão Ares 3 é abortada e a tripulação vai embora, certa de que Mark morreu em um terrível acidente.

Ao despertar, ele se vê completamente sozinho, ferido e sem ter como avisar às pessoas na Terra que está vivo. E, mesmo que conseguisse se comunicar, seus mantimentos terminariam anos antes da chegada de um possível resgate.

Ainda assim, Mark não está disposto a desistir. Munido de nada além de curiosidade e de suas habilidades de engenheiro e botânico - e um senso de humor inabalável -, ele embarca numa luta obstinada pela sobrevivência. 

Para isso, será o primeiro homem a plantar batatas em Marte e, usando uma genial mistura de cálculos e fita adesiva, vai elaborar um plano para entrar em contato com a Nasa e, quem sabe, sair vivo de lá.


Opinião:

Perdido em Marte, primeiro livro escrito por Andy Weir, foi lançado originalmente em 2011, e publicado por aqui pela editora Arqueiro, contendo 336 páginas.

E foi com uma altíssima expectativa que iniciei a leitura de Perdido em Marte, pois todas as resenhas que li em vários blogs foram somente elogios.

A maneira que a história foi contada, grande parte em forma de diário, tinha tudo para ser um livro massante e cansativo, pois o autor explicou passo a passo os ajustes e consertos realizados pelo protagonista Mark Watney. Mas é aí que entra as habilidades de escrita de Andy Weir, que com uma linguagem simples e um humor sarcástico excelente contido tanto nos diálogos quanto no diário do protagonista, já fazem desta obra uma leitura acima da média. Mesmo se tratando de uma condição aterrorizante em que o protagonista se encontrava, o autor conseguiu incutir muito humor de uma maneira convincente dentro do contexto. Simplesmente genial !


Este livro se encontra entre os que eu mais estava ansioso/curioso pelos momentos finais, que ao chegar lá, mesmo eu imaginando uma conclusão diferente, foi muito satisfatória.

Perdido em Marte só não ganha nota máxima porque mesmo não sendo maçante as muitas páginas de que possui o passo a passo dos afazeres do protagonista em Marte, acho que poderia ser menos detalhada estas passagens, mas para muitos fãs de ficção científica provavelmente isto não irá incomodar. Leitura recomendada !


Minha nota: 9

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Resenha: Revival de Stephen King



"A ideia para este livro está na minha cabeça desde que eu era criança. Frankenstein, de Mary Shelley, foi uma grande inspiração para mim. Eu queria criar uma história o mais humana possível, porque a melhor maneira de assustar o leitor é fazê-lo gostar dos personagens." - Stephen King em entrevista para a revista Rolling Stone

"Ler Revival é ver um grande contador de histórias se divertindo ao máximo. Todos os elementos favoritos de King estão presentes: uma cidade pequena no Maine, o sobrenatural, o mal, o vício e o poder de se transformar uma vida." - The New York Times

"Um livro que fala sobre o que acontece quando somos traídos por nossa fé. E se o único sentido do universo for sua crueldade ? E se só existir tormento do outro lado da vida? Revival nos diz que, quando se passa pelo inferno, todo cumplicidade e esperança é vã." - Los Angeles Times


Sinopse:

Em uma cidadezinha na Nova Inglaterra, mais de meio século atrás, uma sombra recai sobre um menino que brinca com seus soldadinhos de plástico no quintal. Jamie Morton olha para o alto e vê a figura impressionante do novo reverendo. Charles Jacobs, junto com a bela esposa e o filho, chegam para reacender a fé no local. Homens e meninos, mulheres e garotas, todos ficam encantados pela família perfeita e os sermões contagiantes.

Jamie e o reverendo passam a compartilhar um elo ainda mais forte, baseado em uma obsessão secreta.

Décadas depois, Jamie carrega os próprios demônios. Integrante de uma banda que vive na estrada, ele leva uma vida nômade no mais puro estilo sexo, drogas e rock and roll, fugindo da própria tragédia familiar. Com trinta e poucos anos, viciado em heroína, perdido, desesperado, Jamie reencontra o antigo reverendo. O elo que os unia se transforma em um pacto que assustaria até o diabo, com sérias consequências para os dois, e Jamie percebe que "reviver" pode adquirir vários significados.


Opinião:

Revival, do autor Stephen King, foi publicado originalmente em 2014, e é um lançamento da editora SUMA de letras deste mês de outubro, contendo 373 páginas.

Mais uma vez King nos presenteou com uma obra contendo personagens críveis, convincentes e cativantes, uma narrativa de alto nível, e diálogos deliciosos de se ler, resultando assim em uma obra que li em apenas três dias, pois eu queria sempre saber o que iria acontecer nas páginas seguintes. Se eu pudesse teria lido ainda mais rapidamente.

Por volta de quase metade do livro que temos indícios de algo sobrenatural, e por isso, ao menos para mim, o livro melhora ainda mais. Aconselho aos leitores a lerem as últimas trinta páginas aterrorizantes de uma vez só, porque nelas se encontram um dos melhores momentos finais de um livro do King que já li até hoje de quase vinte livros devorados. 

Outro conselho ao leitores: Para um melhor aproveitamento da obra, leiam antes de Revival alguns trabalhos de H.P. Lovecraft, mais especificamente os mitos de Cthulhu.

Depois de muitos livros lidos do autor, mesmo com todas qualidades que ele possui, o que mais gosto em suas obras é o grande sentimento nostálgico proporcionado. Quem leu IT A Coisa sabe do que estou falando.

Revival é altamente recomendado ao fãs do gênero. Nota máxima !


Minha nota: 10

sábado, 31 de outubro de 2015

Resenha: A Saga do Império - A Serva do Império - volume 2



"Tudo que um fã de fantasia poderia esperar." - Locus


Sinopse:

Mara, a Senhora dos Acoma, conhece melhor que ninguém os segredos do Jogo do Conselho. Por meio de sangrentas manobras políticas, ela se tornou uma poderosa força no Império. Mas, rodeada de rivais impiedosos, terá que ser a melhor se quiser sobreviver.

Como se isso não bastasse, a jovem precisa lutar em duas frentes. Na corte dos Tsurani, intrigas e traições desestabilizam o poder. Em seu coração, a paixão por um bárbaro do mundo inimigo de Midkemia a leva a questionar os princípios que sempre nortearam sua existência.

Com seu filho em perigo e a continuidade de sua Casa ameaçada, Mara usa todos os meios para tentar controlar a crueldade dos seus inimigos. Os desafios que terá que enfrentar dessa vez irão colocar em xeque as tradições dos Tsurani e suas próprias convicções. Neste jogo de sentimentos e poder, talvez ninguém saia vencedor...


Opinião:

A Serva do Império é o segundo volume da Saga do Império, de autoria de Raymond E. Feist e Janny Wurts, publicado originalmente em 1.990, e foi lançado por aqui neste mês de agosto pela editora Saída de Emergência, com o total de 766 páginas. 

Da mesma maneira do primeiro volume da saga, A Serva do Império é focado em intrigas políticas bem construídas e pouca magia, pendendo assim para uma história mais realista. A narrativa continua um pouco lenta, sendo que achei mais cansativa neste volume devido ao elevado número de páginas.

Os personagens continuam convincentes, e o destaque não tem como não ser a protagonista Mara, que possui uma ousadia que aumenta a cada batalha travada, contribuindo para torná-la ainda mais carismática.

Os momentos finais da obra não foram nada do que eu imaginava, mas mesmo assim foram satisfatórios, e da maneira que finalizou este volume não tenho ideia do que virá na conclusão da saga. Tomara que a editora publique logo o terceiro e último livro da série tão rápido quanto este. 

Quem gostou do primeiro volume provavelmente irá gostar de A Serva do Império, pois o bom nível da obra continua o mesmo.


Minha nota: 9

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Resenha: A Semente do Diabo de Dean Koontz



Sinopse:

Cansada da vida, desencantada pelo casamento frustado, traumatizada pelo divórcio, Susan prefere isolar-se para sempre. Uma casa superequipada, comandada por um computador, eis um refúgio inexpugnável. Mas será mesmo inexpugnável ?

Ao lado da supercasa de Susan está o campus de uma universidade americana, onde vivem e trabalham alunos, professores, funcionários e... Proteus, o mais avançado computador do mundo.


Opinião:

A Semente do Diabo, do autor Dean Koontz, foi lançado originalmente em 1973, sendo publicado por aqui em 1978 pela editora Francisco Alves contendo 150 páginas.

Podemos dizer que esta obra contém uma história no mínimo incomum e diferente, e que pra época que foi escrita poderia até representar um avanço tecnológico, mas que hoje em dia não é uma história tão surpreendente assim.

No início a leitura é um pouco cansativa, e a medida que a história vai se desenvolvendo temos uma melhora, principalmente nas últimas dezenas de páginas.

Pelo que andei lendo em outros blogs, assim como outros livros, foi proibida pelo autor a republicação desta obra, porque segundo ele pertence a sua fase "imatura" da carreira.

Não recomendo a leitura de A Semente do Diabo aos fão do gênero que não conhecem outras obras consagradas do autor, agora aos fãs de Koontz com certeza vale a leitura, ainda mais por ser concluída rapidamente pelo número pequeno de páginas.


Minha nota: 8

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Resenha: O Endemoniado de Olinto J.



Sinopse:

Um caso fantástico de magia e violência sexual. Mais forte que "O Anticristo". Tudo isso pode estar acontecendo agora.


Opinião:

O Endemoniado, do autor Olinto J. é uma publicação da editora Edipan, contendo 131 páginas. Não possui no livro a data de publicação, porém na capa há uma assinatura do autor como sendo 1978.

Ao ler O Endemoniado, esperem por uma história original criativa, com rituais satânicos misturados com elementos religiosos do Candomblé e Umbanda, e uma narrativa pesada, tendo assim como resultado uma obra perturbadora e indigesta, que vai direito ao ponto sem enrolações. 

Esta obra não agradará a todos devido ao seu conteúdo macabro. Leitura recomendada aos fãs do terror pesado e chocante !


Minha nota: 9

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Resenha: João e Maria de Neil Gaiman e Lorenzo Mattotti



Sinopse:

Devido aos tempos de crise e falta de esperança de dias melhores, dois irmãos são abandonados pelos próprios pais em uma floresta sombria.


Opinião:

O livro João e Maria, recontado por Neil Gaiman e com ilustrações sinistras de Lorenzo Mattotti, foi publicado em nossas terras pela editora Intrínseca, contendo apenas 55 páginas.


Eu esperava que a obra João e Maria, que conhecemos tão bem, nas mãos do brilhante escritor Neil Gaiman houvesse mais mudanças e acréscimos na história, mas isso não significa que o conto foi mal escrito, pois podemos perceber um toque requintado próprio do autor em algumas passagens.

Destaque para as ilustrações sombrias de Lorenzo Mattotti, que em razão delas, pode parecer ao leitor que o conto seja mais macabro que é. 

Mesmo com poucas mudanças em uma história tão conhecida, João e Maria é uma leitura recomendada, principalmente pelas ilustrações que de infantis não tem nada.


Minha nota: 9

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Resenha: A Casa das Bruxas de H.P. Lovecraft



"Deixa-nos uma profunda impressão de temor e mistério." - Colin Wilson


Sinopse:

A vastidão nua e gelada do Platô Antártico, varrida pelos ventos, parecia jamais ter visto alguma forma de vida - pelo menos era o que pensavam os membros da Expedição da Universidade de Miskatonic... até que descobriram os estranhos fósseis de criaturas das quais nunca se tinha ouvido falar... até encontrarem monumentos que datavam de milhões e milhões de anos, quando na terra só havia dinossauros... até que as suas mentes fossem invadidas pelo terror da Cidade dos Antigos, onde os gelos eternos haviam preservado os fósseis de uma espantosa raça não humana.


Opinião:

Finalizando o Desafio Halloween Literário 2015 que estou participando com a categoria O horror onírico de H.P. Lovecraft.

A Casa das Bruxas possui três contos e uma novela do autor H.P. Lovecraft criados na primeira metade do século XX, e esta edição brasileira com as quatro histórias reunidas, foi publicada pela editora Francisco Alves na coleção Mestres do Horror e da Fantasia em 1983.

Nesta edição se encontra a novela que corresponde à sinopse, Nas Montanhas da Loucura, que é uma das criações mais famosas do autor, e também faz parte dos Mitos de Cthulhu

A Casa Abandonada, diz sobre uma macabra propriedade onde segundo dizem ocorreram várias mortes misteriosas.

Os Sonhos na Casa das Bruxas, um personagem faz estudos científicos no sótão de uma velha casa, o tornando obsessivo e trazendo assim pesadelos terríveis e resultados assustadores.

O Depoimento de Randolph Carter, o narrador nos conta sobre uma incursão apavorante de um amigo à um cemitério subterrâneo antigo. 


Confesso que não sou dos maiores fãs do autor, pois até agora posso dizer que gostei muito somente de alguns contos que li. Acho a escrita do Lovecraft um pouco cansativa, e talvez por isso os contos de A Casa das Bruxas não me prenderam a atenção o suficiente para eu não querer parar de ler. A exceção foi a novela Nas Montanhas da Loucura, que possui uma história aterrorizante, e eletrizantes momentos finais, pecando somente em algumas passagens muito descritivas. 

Leitura recomendada aos fãs do autor ! E para quem não conhece os trabalhos do Lovecraft, com certeza vale a leitura, pois creio que sou um dos poucos que curte o gênero mas não tanto assim o criador dos Mitos de Cthulhu.


Minha nota: 8

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Resenha: Lobisomem - Um Tratado Sobre Casos de Licantropia de Sabine Baring-Gould



Sinopse:

Não vivemos mais nas brumosas florestas de outrora nem nossa casa é mais as profundas cavernas da Mãe-Terra. Vivemos enclausurados, prisioneiros de nossas criações: as cidades. Mas nem por isso deixamos de nos abismar com o selvagem, o primitivo e o brutal. Por que com todas essa tecnologia, tantos avanços, mapeamentos genéticos não nos livramos dos crimes bestiais, da violência e das mortes ? A resposta talvez esteja em nós mesmos. A fera hoje em dia usa roupas, mas nem por isso deixou de ser um monstro.

Neste livro, Lobisomem, de Sabine Baring-Gould, são tratados inúmeros casos de Licantropia, bem como sua distribuição geográfica. O autor coletou inúmeras histórias sobre essa fera mitológica. Algumas delas podem deixar o leitor estarrecido devido à sua ferocidade. O lobisomem entre os nórdicos, na Grécia, na Roma antiga, durante a Idade Média e ainda casos de Serial-Killers associados à Licantropia nesta obra são apresentados.


Opinião:

Lobisomem - Um Tratado Sobre Casos de Licantropia, escrito por Sabine Baring - Gould, publicado em terras brasileiras pela da editora Madras em 2003 com 166 páginas, e publicado originalmente em 1889 com outro título, sendo posteriormente aumentado o conteúdo do livro que resultou nesta obra da resenha de hoje. 

Continuando o Desafio Halloween Literário 2015 com a categoria Criaturas Sobrenaturais: Monstros que nos assustam


O autor Sabine Baring - Gould criou uma espécie de livro de estudo, com citações de outros autores, contendo vários casos de licantropia ocorridos ao redor do mundo, sendo que muitos são lendas locais e outros que possivelmente são verdadeiros. 

A escrita do autor não é densa como muitos dos livros da época, e também por se tratar de um livro curto é possível lê-lo em apenas um dia.

No geral o livro não me prendeu muito, pois possui poucas passagens que me interessaram o suficiente pra não querer parar de ler, mas mesmo assim se trata de uma obra válida para conhecimento dos fãs desta criatura assustadora.


Minha nota: 8 

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Resenha: Necrópole - Histórias de Vampiros de Alexandre Heredia e outros autores




Sinopse:

Há séculos os vampiros povoam o imaginário popular, desafiando ciência e lógica, graças à inexplicável atração que temos pelo assustador, pelo grotesco, pela amoralidade e pela imortalidade que o vampiro sintetiza de maneira tão completa. Mesmo que o preço seja nossa própria humanidade. 

Em cada uma das cinco histórias que fazem parte deste volume, um vampiro tentará se ocultar de você. Eles vivem da aposta de que ninguém os descobrirá. Eles fazem parte do cenário. Estão misturados às sombras das vielas sujas ou aos convidados das festas mais chiques. E, caso você se encontre com um, não adianta gritar com socorro. Nesta Necrópole fria e cruel, ninguém virá para salvá-lo.


Opinião:

Necrópole - Histórias de Vampiros, dos autores Alexandre Heredia, Camila Fernandes, Gianpaolo Celli, Giorgio Capelli e Richard Diegues, é uma publicação da editora Alaúde, lançado em 2005 com 158 páginas.

Continuando o Desafio Halloween Literário 2015 com a categoria O horror nacional.

O cenário dos cinco contos apresentados é a Necrópole, com suas ruas e vielas sombrias onde os seres da noite espreitam suas vítimas.

No geral são contos criativos e bem escritos, que proporcionam ao leitor alguns momentos de tensão e horror, com uma linguagem simples e direta, e a leitura flui rapidamente pois possuem menos de trinta páginas cada história.

O meu conto preferido foi Rogai por nós de Richard Diegues, por sua criatividade e capacidade de prender o leitor por toda as história, e com uma conclusão satisfatória.

Para quem gosta destas criaturas da noite, vale a pena conferir Necrópole - Histórias de Vampiros.



Minha nota: 8